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Fogo cruzado na posse do primeiro-ministro italiano Enrico Letta

Homem trocou tiros com policiais enquanto o "único governo possível" era oficializado. Dois guardas foram baleados, e uma mulher que passava no local, ferida de raspão

postado em 29/04/2013 07:45

O atirador foi preso pela guarda de Chigi. Ele teria dito a policiais que queria ferir políticos presentes na posse

O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, mal assumiu o cargo e já encarou uma demonstração do descontentamento com a situação político-econômica do país. Letta e os 21 ministros que formam o novo gabinete tomavam posse em uma rápida cerimônia, na manhã de domingo (28/4), quando um homem de 49 anos abriu fogo contra os policiais que fazem a guarda do Palácio Chigi, sede do governo, no centro de Roma. Dois guardas foram baleados, e uma mulher que passava no local, ferida de raspão. Um dos policiais está internado em estado grave, ele foi atingido por duas balas na região do pescoço e corre o risco de perder os movimentos; o outro, atingido nas pernas, está bem.

Na tentativa de acalmar os ânimos, Angelino Alfano, novo ministro do Interior, afirmou que o tiroteio foi um ato isolado de um homem ;desempregado e desesperado; que pretendia cometer suicídio. ;Não há preocupação pela situação geral de ordem pública;, informou. O atirador, identificado pela polícia como Luigi Preiti, foi detido em flagrante. Ele mora na cidade de Rosário, no sul da Itália, onde a taxa de desemprego é altíssima e a máfia tem forte atuação. No momento do tiroteio, Preiti usava um terno e pediu para que os policiais revidassem. ;Atirem, atirem;, gritou, de acordo com o relato de testemunhas. O homem confirmou a policiais que pretendia ferir os políticos reunidos para a cerimônia de posse do novo gabinete.

A Itália é um dos países mais afetados pela crise econômica e tem uma das maiores taxas de desemprego da Europa, que ultrapassa os 2,7 milhões divulgados oficialmente e pode chegar a um número próximo de 6 milhões, de acordo com a agência de notícia Reuters. ;Nossos políticos precisam começar a dar soluções para a crise social e para as necessidades das pessoas, porque a crise transforma vítimas em assassinos como o homem que atirou hoje (ontem);, disse a porta-voz da Câmara dos Deputados, Laura Boldrini.

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