Savar - As gruas começaram a retirar nesta segunda-feira (29/4) os escombros do edifício de oito andares que desabou na região de Dacca na quarta-feira (24/4) passada, após morte de uma mulher que as equipes de resgate tentavam retirar do local, em uma tragédia que matou 381 trabalhadores do setor têxtil.
A catástrofe do edifício Rana Plaza, em Savar, perto da capital do país, também deixou mais de mil feridos com gravidade, mas no momento, antes da retirada total dos escombros, é impossível determinar o número exato de vítimas.
Desde quarta-feira, mais de 2.400 pessoas foram resgatadas com vida. Segundo a federação dos trabalhadores do setor têxtil, quase 3.000 empregados do setor atuavam no edifício. "As equipes de resgate encerraram a busca manual por sobreviventes", declarou o porta-voz do exército, Shahinul Islam.
A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, que prometeu justiça para as vítimas e a prisão dos responsáveis pela catástrofe, inspecionou o local da tragédia nesta segunda-feira (29), depois de visitar os feridos.
Ao mesmo tempo, milhares de funcionários do setor têxtil protestaram nesta segunda-feira em Bangladesh para exigir a pena de morte para os proprietários do edifício. Um incêndio aconteceu no domingo à noite nos escombros do prédio e matou uma mulher que estava sendo retirada do local.
Sete pessoas foram detidas, incluindo o proprietário do edifício construído ilegalmente, Sohel Rana, membro do partido governante. Ele foi preso na fronteira com a Índia, quando tentava fugir do país. Também foram detidos três proprietários de unidades de confecção do imóvel de oito andares e dois engenheiros.