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Marca britânica pagará indenização às vítimas de desabamento em Bangladesh

A Primark e a marca espanhola Mango foram as únicas a reconhecer publicamente seus vínculos com confecções no edifício de Rana Plaza

Agência France-Presse
postado em 29/04/2013 16:09
Londres - A marca britânica Primark anunciou nesta segunda-feira (29/4) que se compromete em "pagar indenização" às vítimas que trabalhavam na confecção de seu fornecedor em um prédio em Dacca, Bangladesh, que desabou na quarta-feira, deixando mais de 380 mortos.

"A Primark pagará indenização às vítimas deste desastre que trabalhavam para seu fornecedor", anunciou a marca em um comunicado, sem especificar o valor. "Isso incluirá a concessão de assistência a longo prazo para as crianças que perderam seus pais, apoio financeiro aos feridos e pagamentos às famílias dos falecidos", detalhou.

[SAIBAMAIS]"Fizemos uma parceria com uma ONG local para atender às necessidades imediatas das vítimas, incluindo o fornecimento de ajuda alimentar de emergência para as famílias", acrescentou a marca criada em Dublin e que se tornou uma subsidiária do grupo agro-alimentício britânico ABF. "A Primark reconhece que seu fornecedor compartilhava o prédio com outros varejistas" e "incita outras marcas a se apresentarem e a oferecer assistência", conclui a marca.

A Primark e a marca espanhola Mango foram as únicas a reconhecer publicamente seus vínculos com confecções no edifício de Rana Plaza.



Segundo o grupo de defesa dos trabalhadores têxteis, Clin Clothes Campaign, com sede em Amsterdã, a britânica Bonmarché, a espanhola Corte Ingles e a canadense Joe Fresh - marca de roupas vendidas na rede de supermercados Loblaw - também confirmaram a suas ligações com confecções do Rana Plaza.

O desastre do Rana Plaza, em Savar, nos arredores de Dacca, deixou pelo menos 381 pessoas mortas e milhares de outras gravemente feridas, a maioria mulheres, segundo o Exército, O número total de vítimas ainda pode aumentar.

Aproximadamente 2.500 pessoas foram retiradas com vida dos escombros desde o acidente quarta-feira de manhã. De acordo com a federação de trabalhadores da indústria têxtil, aproximadamente 3.000 pessoas trabalhavam em cinco confecções instaladas no prédio.

Este é o pior acidente industrial da história de Bangladesh, país pobre do sudeste asiático que fez do setor têxtil a espinha dorsal de sua economia.

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