Agência France-Presse
postado em 30/04/2013 17:39
Beirute - O líder do poderoso movimento libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, reconheceu nesta terça-feira (30/4), pela primeira vez, o envolvimento de seus combatentes na região de Qoussair, no centro da Síria, e no reduto xiita de Sayeda Zeinab, a leste de Damasco."Nos últimos meses, o Exército sírio foi obrigado a se retirar de algumas partes da região de Qoussair, o que levou os libaneses que vivem nessa região a enfrentar grupos armados (rebeldes anti-regime)", explicou ele à rede de televisão Al-Manar. Ele se referiu às 13 localidades sírias onde os xiitas libaneses são majoritários.
"Quando os ataques pioraram e um grande número de combatentes (rebeldes) se preparava para tomar o controle dessas aldeias habitadas pelos libaneses, era normal oferecer toda a ajuda possível e necessária para apoiar o Exército sírio, os comitês populares (milícias locais pró-regime) e os moradores libaneses", disse Nasrallah, ressaltando que "a batalha não terminou".
[SAIBAMAIS]O líder do movimento xiita Hezbollah, um aliado do regime sírio, prestou homenagem aos combatentes que morreram na Síria. "Temos orgulho dos mártires que caíram nas últimas semanas e eles nos honram. Saúdo suas famílias", afirmou sem indicar o número de mortos em seu movimento.
Nasrallah justificou a presença dos combatentes do Hezbollah em Sayeda Zeinab, ressaltando que eles lutam contra os takfiri (extremistas religiosos sunitas). "Os mujahedines (combatentes do Islã) honestos precisam se preparar para impedir a queda da aldeia e do mausoléu de Sayeda Zeinab (...) Há pessoas no terreno que impedem o avanço dos takfiri", explicou.
De acordo com uma lenda, Zeinab, neta de Maomé e irmã do imã Hussein, venerado pelos xiitas, está enterrada no local da aldeia batizada com seu nome.