Agência France-Presse
postado em 01/05/2013 20:16
Washington - O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, manifestou nesta quarta-feira sua preocupação com a "falta de diálogo" entre os venezuelanos, após os atos de violência registrados na véspera na Assembleia Nacional da Venezuela. "Isto reflete, de maneira dramática, a ausência de um diálogo político que possa tranquilizar os cidadãos e os membros dos poderes públicos e resolver, em um clima de paz e entre todos os venezuelanos, os assuntos pendentes neste país", disse Insulza.[SAIBAMAIS]eputados chavistas e opositores trocaram socos no Congresso na terça-feira, após a aprovação de uma medida que proíbe a palavra aos legisladores que não reconhecem a eleição do presidente Nicolás Maduro.
Insulza lamentou a atitude do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, de negar a palavra aos deputados opositores, que não reconhecem a eleição de Maduro. "Ao contrário de favorecer o diálogo, ele o está impedindo. O direito de discordar por meios pacíficos é essencial à democracia".
Nesta quarta-feira, Maduro chamou o líder da oposição, Henrique Capriles, de ;burguesinho chorão; e ;derrotado;, ao comentar a decisão dos opositores de impugnar judicialmente os resultados das eleições de 14 de abril passado.
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"Fascista maior, você foi derrotado, aceite sua derrota e pare de choramingar", exclamou Maduro em um discurso para milhares de pessoas reunidas na Praça O;Leary, no centro de Caracas, por ocasião do Dia do Trabalho.
"Você é um burguesinho chorão e fascista que deseja levar o país ao ódio e à violência", afirmou o presidente sobre Capriles, derrotado pela pequena margem de cerca de 240 mil votos e que denuncia várias irregularidades no processo eleitoral.
Em uma manifestação de partidários da oposição neste 1; de Maio, Capriles anunciou que na quinta-feira "apresentará a impugnação" dos resultados das eleições ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).