Agência France-Presse
postado em 02/05/2013 13:37
Caracas - O governo venezuelano classificou de "desmedidas e intrometidas" as declarações feitas na quarta-feira (1;/5) pelo secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, que lamentou a falta de diálogo entre os venezuelanos depois de incidentes violentos entre os deputados na Assembleia Nacional.[SAIBAMAIS]"A Venezuela rejeita contundentemente as desmedidas e intrometidas declarações de Insulza, dadas em evidente e estreita coordenação com os porta-vozes do departamento de Estado (americano) e da Casa Branca", indicou a chancelaria em um comunicado. "Isto reflete, de maneira dramática, a ausência de um diálogo político que possa tranquilizar os cidadãos e os membros dos poderes públicos e resolver, em um clima de paz e entre todos os venezuelanos, os assuntos pendentes neste país", afirmou Insulza na véspera.
Ele se referia ao fato de deputados chavistas e opositores trocarem socos no Congresso na terça-feira, após a aprovação de uma medida que proíbe dar a palavra aos legisladores que não reconhecem a eleição do presidente Nicolás Maduro. Insulza lamentou a atitude do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, de negar a palavra aos deputados opositores, que não reconhecem a eleição de Nicolás Maduro.
"Ao contrário de favorecer o diálogo, ele o está impedindo. O direito de discordar por meios pacíficos é essencial à democracia", afirmou. Na quarta-feira (1;), Maduro chamou o líder da oposição, Henrique Capriles, de ;burguesinho chorão; e ;derrotado;, ao comentar a decisão dos opositores de impugnar judicialmente os resultados das eleições de 14 de abril passado.