Agência France-Presse
postado em 02/05/2013 15:40
GENEBRA - O regime comunista de Cuba é como uma casa velha a ponto de desabar, afirmou nesta quinta-feira (2/5) a dissidente blogueira Yoani Sánchez durante a conferência da ONU sobre direitos humanos em Genebra, onde sustentou que as tímidas reformas de Havana são uma cortina de fumaça.
"As supostas mudanças de Raúl são superficiais", declarou Sánchez aos jornalistas, referindo-se ao presidente Raúl Castro, que substituiu seu irmão doente, o líder revolucionário e ex-presidente Fidel Castro, há sete anos.
"O modelo cubano é como uma casa na Havana Velha. Quando você olha a casa se pergunta como é possível que ainda não tenha desabado", disse a dissidente. Ela acrescentou que depois chega o dono e quer trocar a porta. Desenrosca um parafuso e, quando faz isso, toda a casa vem abaixo. "A questão é: qual parafuso vai tirar?", perguntou.
A dissidente afirmou que os líderes cubanos, já idosos, precisam enfrentar uma dura "realidade biológica", as crescentes críticas do público e a mudança política na Venezuela, país rico em petróleo onde o governo apoia Cuba.
Sánchez, que em 2008 foi considerada pela revista americana Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, é uma desconhecida para a maior parte dos habitantes de Cuba, onde os meios de comunicação e a internet são severamente controlados.
Ela sustentou ainda que é inaceitável que no século XX "Cuba seja o país do hemisfério ocidental que tem menos acesso aos meios de comunicação modernos". A única desculpa é o pânico do governo de que o povo tenha acesso à informação, denunciou.
Yoani Sánchez, de 37 anos, tem viajado muito desde uma reforma que, a partir de outubro de 2012, passou a permitir a saída de cidadãos cubanos do país sem o caríssimo visto que era exigido até então.
Graças a essa reforma migratória, Sánchez conseguiu seu passaporte depois de inúmeras recusas e, em 18 de fevereiro, iniciou pelo Brasil uma viagem de três meses por vários países da América e da Europa.
"As supostas mudanças de Raúl são superficiais", declarou Sánchez aos jornalistas, referindo-se ao presidente Raúl Castro, que substituiu seu irmão doente, o líder revolucionário e ex-presidente Fidel Castro, há sete anos.
"O modelo cubano é como uma casa na Havana Velha. Quando você olha a casa se pergunta como é possível que ainda não tenha desabado", disse a dissidente. Ela acrescentou que depois chega o dono e quer trocar a porta. Desenrosca um parafuso e, quando faz isso, toda a casa vem abaixo. "A questão é: qual parafuso vai tirar?", perguntou.
A dissidente afirmou que os líderes cubanos, já idosos, precisam enfrentar uma dura "realidade biológica", as crescentes críticas do público e a mudança política na Venezuela, país rico em petróleo onde o governo apoia Cuba.
Sánchez, que em 2008 foi considerada pela revista americana Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, é uma desconhecida para a maior parte dos habitantes de Cuba, onde os meios de comunicação e a internet são severamente controlados.
Ela sustentou ainda que é inaceitável que no século XX "Cuba seja o país do hemisfério ocidental que tem menos acesso aos meios de comunicação modernos". A única desculpa é o pânico do governo de que o povo tenha acesso à informação, denunciou.
Yoani Sánchez, de 37 anos, tem viajado muito desde uma reforma que, a partir de outubro de 2012, passou a permitir a saída de cidadãos cubanos do país sem o caríssimo visto que era exigido até então.
Graças a essa reforma migratória, Sánchez conseguiu seu passaporte depois de inúmeras recusas e, em 18 de fevereiro, iniciou pelo Brasil uma viagem de três meses por vários países da América e da Europa.