Agência France-Presse
postado em 03/05/2013 16:53
ISLAMABAD - O partido do ex-presidente paquistanês Pervez Musharraf, perseguido pela Justiça desde seu retorno ao país no final de março, anunciou nesta sexta-feira (3/5) que boicotará as eleições gerais previstas para a próxima semana.
O general aposentado, que ocupou o poder desde o golpe de Estado no outono de 1999 até sua renúncia, no verão de 2008, deixou o exílio que já durava quatro anos para "salvar o Paquistão", país muçulmano de 180 milhões de habitantes assolado pela violência terrorista.
Mas o sonho de Musharraf logo se tornou um pesadelo. A comissão eleitoral paquistanesa invalidou a candidatura do ex-líder, alegando "violações" da Constituição durante o tempo em que esteve no poder.
Depois, a Justiça ordenou sua prisão, no âmbito das investigações do assassinato da ex-premiê Benazir Bhutto e da destituição de juízes, os dois casos em 2007.
Esta semana, um tribunal decidiu que Musharraf nunca poderá ser eleito no país. "Esperávamos que os tribunais fossem justos, mas ao invés disso vetaram Pervez Musharraf", declarou à AFP Aasia Ishaque, porta-voz da All Pakistan Muslim League (APML), partido de Musharraf. "Por isso, acreditamos que, sob a autoridade desta comissão eleitoral, as eleições não serão justas e equitativas, de modo que decidimos boicotá-las", acrescentou.
A APML é uma pequena formação criada em 2010 por Musharraf durante o exílio em Londres e Dubai. Esse partido não tinha chances reais de vencer as eleições do próximo dia 11 de maio. Apesar do boicote, os candidatos da APML nas eleições legislativas podem conseguir votos porque a comissão eleitoral já começou a imprimir as cédulas eleitorais.
O general aposentado, que ocupou o poder desde o golpe de Estado no outono de 1999 até sua renúncia, no verão de 2008, deixou o exílio que já durava quatro anos para "salvar o Paquistão", país muçulmano de 180 milhões de habitantes assolado pela violência terrorista.
Mas o sonho de Musharraf logo se tornou um pesadelo. A comissão eleitoral paquistanesa invalidou a candidatura do ex-líder, alegando "violações" da Constituição durante o tempo em que esteve no poder.
Depois, a Justiça ordenou sua prisão, no âmbito das investigações do assassinato da ex-premiê Benazir Bhutto e da destituição de juízes, os dois casos em 2007.
Esta semana, um tribunal decidiu que Musharraf nunca poderá ser eleito no país. "Esperávamos que os tribunais fossem justos, mas ao invés disso vetaram Pervez Musharraf", declarou à AFP Aasia Ishaque, porta-voz da All Pakistan Muslim League (APML), partido de Musharraf. "Por isso, acreditamos que, sob a autoridade desta comissão eleitoral, as eleições não serão justas e equitativas, de modo que decidimos boicotá-las", acrescentou.
A APML é uma pequena formação criada em 2010 por Musharraf durante o exílio em Londres e Dubai. Esse partido não tinha chances reais de vencer as eleições do próximo dia 11 de maio. Apesar do boicote, os candidatos da APML nas eleições legislativas podem conseguir votos porque a comissão eleitoral já começou a imprimir as cédulas eleitorais.