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FDA preocupada com aumento da cafeína em alimentos e guloseimas

Nas últimas semanas, as lojas dos Estados Unidos receberam vários produtos novos com adição de cafeína

Agência France-Presse
postado em 03/05/2013 17:17
WASHINGTON - A agência encarregada de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos (FDA) considerou "perigosa" a incorporação da cafeína em alimentos, guloseimas e gomas de mascar, pedindo à indústria alimentícia que atue com moderação no que diz respeito a esta prática.

O diretor adjunto da FDA, Michael Taylor, considerou "muito preocupante" o aumento cada vez maior do número de alimentos aos quais é adicionada cafeína - à exceção das bebidas -, após o anúncio do lançamento pelo grupo Mars de uma versão com cafeína da goma de mascar Wrigley.

Nas últimas semanas, as lojas dos Estados Unidos receberam vários produtos novos com adição de cafeína, entre eles xarope para panquecas, aveia, biscoitos, batatas fritas ou sementes de girassol.

"Temos a impressão de que alguns grupos da indústria da alimentação seguem um caminho potencialmente perigoso", disse Taylor ao site da FDA na internet. "Esta goma de mascar (lançada pela Mars) é só o último exemplo desta moda de adicionar cafeína aos alimentos", acrescentou.



"Um pacote desta goma de mascar equivale a ter quatro xícaras de café no bolso", afirmou. "Nossa preocupação está relacionada com o fato de ver a cafeína em uma série de produtos que podem atrair crianças e adolescentes, sem nenhuma consideração pelas consequências que isto pode ter", continuou o diretor adjunto da FDA.

A agência não regula o consumo de cafeína desde que permitiu sua incorporação em refrescos na década de 1950, lembrou Taylor, afirmando que as normas atualmente em vigor "não preveem a proliferação atual de produtos com cafeína".

Em 2010, a FDA proibiu adicionar cafeína às bebidas alcoólicas e no final do ano passado questionou a alta concentração de cafeína em bebidas energéticas, depois que várias mortes foram aparentemente associadas ao seu consumo.

Taylor pediu à indústria que atue com moderação enquanto a FDA estuda o tema. "Esperamos que este possa ser um ponto de inflexão para evitar a adição irresponsável de cafeína nos alimentos e bebidas", disse.

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