Agência France-Presse
postado em 04/05/2013 10:38
DAMASCO - A aviação militar israelense efetuou um ataque à Síria, segundo autoridades americanas citadas pela imprensa, enquanto milhares de famílias fugiam neste sábado (4/5) dos bairros sunitas de uma cidade litorânea, temendo um novo massacre.
Uma fonte militar síria desmentiu o ataque contra seu território que teria ocorrido na noite de quinta para sexta-feira. O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não confirmou a informação.
No Líbano, uma fonte diplomática indicou à AFP que o ataque tinha destruído mísseis terra-ar fornecidos recentemente pela Rússia, que estavam armazenados no aeroporto de Damasco.
Na sexta, a agência oficial síria Sana havia anunciado que rebeldes tinham disparado dois foguetes contra o aeroporto da capital, atingindo um avião e um reservatório de querosene.
Uma fonte militar síria desmentiu o ataque contra seu território que teria ocorrido na noite de quinta para sexta-feira. O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não confirmou a informação.
No Líbano, uma fonte diplomática indicou à AFP que o ataque tinha destruído mísseis terra-ar fornecidos recentemente pela Rússia, que estavam armazenados no aeroporto de Damasco.
Na sexta, a agência oficial síria Sana havia anunciado que rebeldes tinham disparado dois foguetes contra o aeroporto da capital, atingindo um avião e um reservatório de querosene.
"As agências americanas e ocidentais de inteligência examinaram as informações confidenciais indicando que Israel provavelmente executou um ataque aéreo entre quinta e sexta-feira", enquanto aviões de combate desse país sobrevoavam o Líbano, informou a rede de televisão CNN, citando autoridades americanas.
De acordo com a NBC, "o principal alvo de Israel era uma carregamento de armas destinado ao Hezbollah, no Líbano", referindo-se ao movimento xiita libanês, inimigo de Israel.
Um alto funcionário americano indicou a essa rede de notícias que o ataque visava, provavelmente, sistemas de lançamento de armas químicas, mas outras autoridades consultadas pela CNN questionaram essa informação.
[SAIBAMAIS] Recusando-se a confirmar o ataque, um membro do Ministério israelense da Defesa indicou à AFP que "Israel acompanha a situação na Síria e no Líbano, particularmente em relação à transferência de armas químicas e de armas especiais".
Israel reivindicou implicitamente a responsabilidade por uma operação aérea no final de janeiro contra instalações militares na Síria.
Um comunicado do Exército libanês indicou vários sobrevoos de caças-bombardeiros israelenses na noite de quinta para sexta-feira.
Êxodo
No terreno, a guerra se desloca para o país alauita -- comunidade do chefe de Estado Bashar al-Assad -- no oeste sírio.
Centenas de famílias fugiam dos bairros sunitas de Banias temendo um "novo massacre", após o cometido na cidade vizinha, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
De acordo com o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, "eles começaram a fugir esta manhã dos bairros sunitas do sul da cidade em direção a Tartous e Jablé", respectivamente ao sul e ao norte de Banias.
Este êxodo começou devido a bombardeios executados na sexta-feira contra bairros sunitas e a informações sobre um "massacre" cometido um dia antes na cidade de Bayda e em uma aldeia próxima.
Os bombardeios de sexta contra o bairro de Ras al-Nabaa deixaram pelo menos nove mortos, segundo Abdel Rahman. "Há mais pessoas consideradas desaparecidas, o que pode aumentar esse registro", acrescentou.
Um vídeo de Ras al-Nabaa filmado por militantes e divulgado pelo OSDH mostra uma pilha de corpos ensanguentados em uma rua, com pelo menos uma criança entre eles.
A ONG indicou pelo menos 50 mortos em Bayda, em sua maioria civis, indicando que as mortes foram causadas por execuções sumárias e bombardeios.
A Coalizão opositora síria denunciou um "massacre em grande escala".
Ainda neste sábado, o presidente sírio, Bashar al-Assad, inaugurou neste sábado na Universidade de Damasco um marco em memória de estudantes mortos desde o início da revolta neste país, em março de 2011, segundo a agência Sana. Esta é sua segunda aparição pública em quatro dias.
A violência causou a morte de 122 pessoas na sexta, incluindo 56 civis, segundo o OSDH.
De acordo com a NBC, "o principal alvo de Israel era uma carregamento de armas destinado ao Hezbollah, no Líbano", referindo-se ao movimento xiita libanês, inimigo de Israel.
Um alto funcionário americano indicou a essa rede de notícias que o ataque visava, provavelmente, sistemas de lançamento de armas químicas, mas outras autoridades consultadas pela CNN questionaram essa informação.
[SAIBAMAIS] Recusando-se a confirmar o ataque, um membro do Ministério israelense da Defesa indicou à AFP que "Israel acompanha a situação na Síria e no Líbano, particularmente em relação à transferência de armas químicas e de armas especiais".
Israel reivindicou implicitamente a responsabilidade por uma operação aérea no final de janeiro contra instalações militares na Síria.
Um comunicado do Exército libanês indicou vários sobrevoos de caças-bombardeiros israelenses na noite de quinta para sexta-feira.
Êxodo
No terreno, a guerra se desloca para o país alauita -- comunidade do chefe de Estado Bashar al-Assad -- no oeste sírio.
Centenas de famílias fugiam dos bairros sunitas de Banias temendo um "novo massacre", após o cometido na cidade vizinha, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
De acordo com o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, "eles começaram a fugir esta manhã dos bairros sunitas do sul da cidade em direção a Tartous e Jablé", respectivamente ao sul e ao norte de Banias.
Este êxodo começou devido a bombardeios executados na sexta-feira contra bairros sunitas e a informações sobre um "massacre" cometido um dia antes na cidade de Bayda e em uma aldeia próxima.
Os bombardeios de sexta contra o bairro de Ras al-Nabaa deixaram pelo menos nove mortos, segundo Abdel Rahman. "Há mais pessoas consideradas desaparecidas, o que pode aumentar esse registro", acrescentou.
Um vídeo de Ras al-Nabaa filmado por militantes e divulgado pelo OSDH mostra uma pilha de corpos ensanguentados em uma rua, com pelo menos uma criança entre eles.
A ONG indicou pelo menos 50 mortos em Bayda, em sua maioria civis, indicando que as mortes foram causadas por execuções sumárias e bombardeios.
A Coalizão opositora síria denunciou um "massacre em grande escala".
Ainda neste sábado, o presidente sírio, Bashar al-Assad, inaugurou neste sábado na Universidade de Damasco um marco em memória de estudantes mortos desde o início da revolta neste país, em março de 2011, segundo a agência Sana. Esta é sua segunda aparição pública em quatro dias.
A violência causou a morte de 122 pessoas na sexta, incluindo 56 civis, segundo o OSDH.