Na contagem regressiva para as eleições gerais de 11 de maio, a instabilidade política e social aumenta em todo o Paquistão. Depois de atentados à bomba quase diários em diversas cidades, ontem o procurador federal Chaudhry Zulfikar, responsável pela investigação do assassinato da ex-primeira ministra Benazir Bhutto, em 2007, foi morto a tiros quando se dirigia ao Tribunal Antiterrorista de Rawalpindi, perto de Islamabad, capital do país. Um candidato do Partido Nacional Awami (ANP, uma força considerada laica), Sadiq Zaman Khatak, foi morto com o filho de 3 anos. O principal organismo eleitoral do Paquistão anunciou anteontem que ao menos 600 mil agentes farão a segurança no próximo fim de semana, durante a votação, para tentar evitar novos atentados de grupos fundamentalistas islâmicos, como o Talibã.
Ao ser informado do assassinato do procurador, o presidente Asif Ali Zardari, viúvo de Benazir, condenou o ato de violência e ordenou a abertura de investigação para determinar os culpados e as motivações do crime. Zulfikar dirigia o próprio carro, de acordo com informações policiais, e foi encurralado por uma moto e em um táxi com homens armados. Os pistoleiros dispararam diversas vezes contra o agente federal, que foi atingido por 12 balas e morreu a caminho do hospital.