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Oposição venezuelana denuncia governo de Maduro em comissão da Mercosul

O opositor Leopoldo Lópes chegou a Montevidéu convidado por uma fundação do Partido Colorado local r tinha encontros marcados com legisladores da oposição uruguaia

Agência France-Presse
postado em 07/05/2013 13:58
Montevidéu - Três políticos da oposição venezuelana apresentarão nesta terça-feira (7/5)uma denúncia contra o governo de seu país por perseguição política à comissão de Direitos Humanos do Mercosul, disse o opositor Leopoldo López à AFP. López, que chegou a Montevidéu convidado por uma fundação do Partido Colorado local, tinha encontros marcados com legisladores da oposição uruguaia, no mesmo dia em que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, realiza uma visita oficial ao país.

"Estamos apresentando aos diferentes grupos parlamentares e ao Mercosul qual é a situação do país e, em particular, denúncias concretas de violações dos direitos humanos, de perseguição, tortura, presos políticos e uma situação muito grave de pessoas que foram demitidas de seus empregos por razões políticas", explicou López.

[SAIBAMAIS]"Temos mais de 4.100 denúncias concretas de pessoas que perderam seus trabalhos por suspeitas do governo de que apoiavam a oposição. Há mais de 200 detidos torturados e presos políticos", enfatizou, indicando que "tudo é parte da repressão que se instaurou, que cresceu durante as últimas semanas".



López disse que levará "estas denúncias à comissão de direitos humanos do Mercosul" para que "seja acionado um alarme em matéria de direitos humanos na Venezuela pela perseguição política que está ocorrendo e que o governo pretende esconder".

Segundo o político venezuelano, a viagem regional de Maduro tem como objetivo "ganhar legitimidade, pois é um presidente eleito que carece da força de um apoio popular contundente e claro". López, um economista de 42 anos, foi fundador do Primeiro Justiça (PJ, social-cristão) quando este se transformou em partido em 2000, e desde 2009 lidera o Vontade Popular, uma formação de centro-direita.

Em fevereiro, a Procuradoria venezuelana acusou o político de "tráfico de influência" em um caso de doações feitas em 1998 pela companhia de petróleo estatal PDVSA a uma associação civil que o político integrava. López sempre negou as acusações. Da mesma forma que Maduro, López visitará Buenos Aires na quarta-feira e planeja ir também ao Brasil, terceiro destino do giro sul-americano do presidente venezuelano.

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