Jerusalém - A polícia israelense interrogou nesta quarta-feira (8/5) o mufti de Jerusalém por seu suposto envolvimento em distúrbios na mesquita de Al-Aqsa.
Os agentes levaram o mufti Mohamed Hussein, principal clérigo muçulmano de Jerusalém, de sua casa para uma delegacia para interrogá-lo como suspeito de envolvimento nos distúrbios de terça-feira (7/5) no monte do Templo, informou o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld. "Cadeiras foram jogadas contra um grupo de judeus no Monte do Templo", conhecido como Esplanada das Mesquitas pelos muçulmanos, disse.
A Esplanada das Mesquitas, que abriga a mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, é o terceiro local sagrado do islã, e fica no local do segundo templo judeu destruído pelos romanos no ano 70 da era cristã. Seu principal vestígio é o Muro das Lamentações, o local mais sagrado do judaísmo.
O interrogatório do mufti coincide com a celebração do Dia de Jerusalém, que celebra o aniversário da conquista israelense de Jerusalém Leste durante a guerra dos Seis Dias, em junho de 1967. Israel considera Jerusalém sua capital "unificada e indivisível". Mas a comunidade internacional não reconhece a anexação da parte oriental da cidade, que os palestinos querem transformar em capital de seu futuro Estado.