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Imprensa chinesa pede que soberania japonesa em Okinava seja reconsiderada

Os autores sustentam que a China pode reivindicar seus direitos sobre o arquipélago de Ryukyu, do qual Okinawa é a principal ilha

Agência France-Presse
postado em 08/05/2013 10:55
Pequim - Um grupo de universitários chineses pediu para que seja reconsiderada a soberania japonesa de Okinawa, uma ilha onde há bases militares americanas, em um artigo publicado nesta quarta-feira (8/5) no Diário do Povo, o órgão oficial do Partido Comunista Chinês (PCC).

Os autores sustentam que a China pode reivindicar seus direitos sobre o arquipélago de Ryukyu, do qual Okinawa é a principal ilha. "Chegou a hora de reconsiderar os problemas não resolvidos com relação às ilhas Ryukyu", escreveram Zhang Haipeng e Li Guoqiang, pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS).



[SAIBAMAIS]Os dois universitários mencionam, em particular, o tratado de Shimonoseki (17 de abril de 1895) que colocou fim à curta guerra sino-japonesa de 1894-1895, perdida pela dinastia manchúria dos Qing. A China encarou uma humilhação a assinatura deste acordo desigual que a forçou a ceder ao Japão, então potência imperialista, vários territórios, entre eles a ilha de Taiwan.

O artigo publicado pelo Diário do Povo pode atiçar ainda mais a tensão entre China e Japão, imersos em uma interminável disputa pela soberania de um arquipélago desabitado no mar da China Oriental, que os chineses chamam de Diaoyu e os japoneses de Senkaku.

Situado entre Japão e Taiwan, o arquipélago subtropical de Ryukyu foi em um primeiro momento vassalo da China, antes de passar sob soberania japonesa. Ryukyu, um pequeno reino independente e próspero, que durante muito tempo pagou tributo à China, foi integrado ao império japonês em 1879, convertendo-se na cidade de Okinawa.

O arquipélago foi palco de violentos combates e suicídios forçados durante a Segunda Guerra Mundial. Desde o fim do conflito bélico e até 1972 esteve ocupado pelos Estados Unidos, que ainda mantêm bases militares.

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