Agência France-Presse
postado em 08/05/2013 14:18
Estados Unidos - A polícia interrogava nesta quarta-feira (8/5), antes do indiciamento perante um juiz, os três irmãos de origem hispânica suspeitos de terem mantido reféns durante dez anos três mulheres sequestradas quando eram adolescentes em Cleveland, Ohio, no norte dos Estados Unidos.
Os investigadores do sequestro de três mulheres em Cleveland encontraram correntes e cordas na casa onde elas permaneceram presas durante uma década, disse nesta quarta-feira Michael McGrath, o chefe de polícia desta cidade de Ohio (norte dos Estados Unidos), à rede NBC.
"Temos a confirmação de que estiveram amarradas e havia correntes e cordas na casa", disse McGrarh. As três mulheres foram libertadas na noite de segunda-feira e os três irmãos de origem porto-riquenha foram presos como suspeitos dos sequestros.
Em um local próximo à cena do crime, em um bairro operário de Cleveland, McGrath disse que as vítimas e os irmãos estão sendo interrogados e provavelmente serão processados durante esta quarta. "A equipe de investigadores, integrada por oficiais do FBI e de Cleveland, interroga as vítimas desde a tarde de ontem e continuará hoje", afirmou.
McGrath disse ainda que até o fim dos interrogatórios com as três mulheres não será possível fornecer detalhes de como foram tratadas e não confirmou versões de que elas ficaram grávidas diversas vezes. "Saíam da casa muito esporadicamente", disse o chefe da polícia.
[SAIBAMAIS]"Saíam ao quintal muito de vez em quando, acredito. Seu estado de saúde é bom, considerando as circunstâncias", acrescentou. "Atualmente, hoje, estamos interrogando os suspeitos que foram presos aqui na noite de anteontem. Estão falando".
Os suspeitos são os irmãos Ariel, Oneil e Pedro Castro, de 52, 50 e 54 anos, respectivamente. Ariel é o dono da casa onde as três mulheres foram encontradas; seus dois irmãos viviam em outro local, disse a polícia sem fornecer mais detalhes.
McGrath insistiu que tem toda certeza de a polícia não perdeu a oportunidade nos últimos dez anos de tentar encontrar as jovens ou identificar os responsáveis por seu desaparecimento. Os três irmãos foram presos depois que uma das reféns conseguiu alertar um vizinho, que derrubou a porta para libertá-la, junto com uma menina de seis anos.
A polícia atendeu a seu chamado ao número 911 e encontrou as outras duas mulheres na modesta casa cujo pórtico estava adornado com as bandeiras de Estados Unidos e Porto Rico.
Amanda Berry, de 27 anos, Gina DeJesus, de 23, e Michelle Knight, de 32, que desapareceram em incidentes separados em 2002, 2003 e 2004, foram libertadas na noite de segunda-feira da casa em Seymour Avenue, no bairro West Side de Cleveland, e foram examinadas em um hospital local antes de retornarem as suas famílias, que organizaram festas de boas-vindas.
Fern Gentry, a avó de Berry, falou com sua neta do Tennessee em uma ligação emitida por uma filial local da ABC. "Fico feliz de ter você de volta", disse Gentry. Fico feliz por estar de volta", respondeu Berry. "Acreditei que tinha te perdido", disse a avó. "Não, aqui estou", respondeu a neta.
A polícia confirmou que Berry tem uma filha de seis anos, Jocelyn, aparentemente nascida durante seu cativeiro. Foi divulgada uma fotografia na qual Berry aparece sorrindo junto a sua irmã e sua filha no hospital. "Parece muito bem, feliz, saudável e ontem à noite comeu um picolé", disse o vice-chefe da polícia de Cleveland, Ed Tomba, sobre a pequena Jocelyn.
"Ver sua mãe a fez sorrir", acrescentou Tomba, segundo a rede ABC. "O pesadelo acabou", disse aos jornalistas o agente especial do Escritório Federal de Investigações (FBI), Steve Anthony. "Estas três jovens mulheres nos proporcionaram a autêntica definição de sobrevivência e perseverança. Agora pode começar a cura", disse.
O pesadelo terminou quando Berry, que havia sido sequestrada pouco antes de seu décimo sétimo aniversário, conseguiu colocar o braço por um espaço da porta e começou a gritar por ajuda. "Escutei gritos (...) e vi essa garota tentando fugir como uma louca da casa", disse à rede de televisão ABC Charles Ramsey, um vizinho que virou um herói local.
"Fui até a entrada e ela disse: ;me ajude a sair, estou aqui há muito tempo. Quero sair daqui. Agora mesmo;", acrescentou. Ramsey disse que não conseguiu abrir a porta, então a golpeou, abrindo a parte de baixo, e ela saiu se arrastando com a menina.
Berry foi a uma casa vizinha e chamou a polícia, implorando que fossem ao local o mais rápido possível, "antes que ele volte", segundo a gravação da ligação ao 911. Berry foi vista pela última vez no dia 21 de abril de 2003 pela tarde, quando saída de seu trabalho em um restaurante de fast-food a poucas quadras de sua casa.
DeJesus tinha 14 anos quando desapareceu. Saiu da escola no dia 2 de abril de 2004, mas nunca chegou em casa. Michelle Knight foi vista pela última vez perto da casa de um primo, no dia 23 de agosto de 2002. Tinha 20 anos.
Os vizinhos disseram à AFP estar chocados e afirmaram não ter ideia de que Castro, com quem por vezes realizavam inclusive churrascos, mantivesse as três mulheres como reféns. Uma prima dos três irmãos acusados expressou surpresa e vergonha pelo fato, assinalando que sua família está tão chocada quanto todos.
Maria Castro Montes pediu que sua família não seja julgada pela ação de seu primo. "Em nome da família Castro, queria dizer que todos realmente sentimos pena delas, por tudo que sofreram, e se isso foi obra de um membro de nossa família, ele deva pagar por isso".
"Temos a confirmação de que estiveram amarradas e havia correntes e cordas na casa", disse McGrarh. As três mulheres foram libertadas na noite de segunda-feira e os três irmãos de origem porto-riquenha foram presos como suspeitos dos sequestros.
Em um local próximo à cena do crime, em um bairro operário de Cleveland, McGrath disse que as vítimas e os irmãos estão sendo interrogados e provavelmente serão processados durante esta quarta. "A equipe de investigadores, integrada por oficiais do FBI e de Cleveland, interroga as vítimas desde a tarde de ontem e continuará hoje", afirmou.
McGrath disse ainda que até o fim dos interrogatórios com as três mulheres não será possível fornecer detalhes de como foram tratadas e não confirmou versões de que elas ficaram grávidas diversas vezes. "Saíam da casa muito esporadicamente", disse o chefe da polícia.
[SAIBAMAIS]"Saíam ao quintal muito de vez em quando, acredito. Seu estado de saúde é bom, considerando as circunstâncias", acrescentou. "Atualmente, hoje, estamos interrogando os suspeitos que foram presos aqui na noite de anteontem. Estão falando".
Os suspeitos são os irmãos Ariel, Oneil e Pedro Castro, de 52, 50 e 54 anos, respectivamente. Ariel é o dono da casa onde as três mulheres foram encontradas; seus dois irmãos viviam em outro local, disse a polícia sem fornecer mais detalhes.
McGrath insistiu que tem toda certeza de a polícia não perdeu a oportunidade nos últimos dez anos de tentar encontrar as jovens ou identificar os responsáveis por seu desaparecimento. Os três irmãos foram presos depois que uma das reféns conseguiu alertar um vizinho, que derrubou a porta para libertá-la, junto com uma menina de seis anos.
A polícia atendeu a seu chamado ao número 911 e encontrou as outras duas mulheres na modesta casa cujo pórtico estava adornado com as bandeiras de Estados Unidos e Porto Rico.
Amanda Berry, de 27 anos, Gina DeJesus, de 23, e Michelle Knight, de 32, que desapareceram em incidentes separados em 2002, 2003 e 2004, foram libertadas na noite de segunda-feira da casa em Seymour Avenue, no bairro West Side de Cleveland, e foram examinadas em um hospital local antes de retornarem as suas famílias, que organizaram festas de boas-vindas.
Fern Gentry, a avó de Berry, falou com sua neta do Tennessee em uma ligação emitida por uma filial local da ABC. "Fico feliz de ter você de volta", disse Gentry. Fico feliz por estar de volta", respondeu Berry. "Acreditei que tinha te perdido", disse a avó. "Não, aqui estou", respondeu a neta.
A polícia confirmou que Berry tem uma filha de seis anos, Jocelyn, aparentemente nascida durante seu cativeiro. Foi divulgada uma fotografia na qual Berry aparece sorrindo junto a sua irmã e sua filha no hospital. "Parece muito bem, feliz, saudável e ontem à noite comeu um picolé", disse o vice-chefe da polícia de Cleveland, Ed Tomba, sobre a pequena Jocelyn.
"Ver sua mãe a fez sorrir", acrescentou Tomba, segundo a rede ABC. "O pesadelo acabou", disse aos jornalistas o agente especial do Escritório Federal de Investigações (FBI), Steve Anthony. "Estas três jovens mulheres nos proporcionaram a autêntica definição de sobrevivência e perseverança. Agora pode começar a cura", disse.
O pesadelo terminou quando Berry, que havia sido sequestrada pouco antes de seu décimo sétimo aniversário, conseguiu colocar o braço por um espaço da porta e começou a gritar por ajuda. "Escutei gritos (...) e vi essa garota tentando fugir como uma louca da casa", disse à rede de televisão ABC Charles Ramsey, um vizinho que virou um herói local.
"Fui até a entrada e ela disse: ;me ajude a sair, estou aqui há muito tempo. Quero sair daqui. Agora mesmo;", acrescentou. Ramsey disse que não conseguiu abrir a porta, então a golpeou, abrindo a parte de baixo, e ela saiu se arrastando com a menina.
Berry foi a uma casa vizinha e chamou a polícia, implorando que fossem ao local o mais rápido possível, "antes que ele volte", segundo a gravação da ligação ao 911. Berry foi vista pela última vez no dia 21 de abril de 2003 pela tarde, quando saída de seu trabalho em um restaurante de fast-food a poucas quadras de sua casa.
DeJesus tinha 14 anos quando desapareceu. Saiu da escola no dia 2 de abril de 2004, mas nunca chegou em casa. Michelle Knight foi vista pela última vez perto da casa de um primo, no dia 23 de agosto de 2002. Tinha 20 anos.
Os vizinhos disseram à AFP estar chocados e afirmaram não ter ideia de que Castro, com quem por vezes realizavam inclusive churrascos, mantivesse as três mulheres como reféns. Uma prima dos três irmãos acusados expressou surpresa e vergonha pelo fato, assinalando que sua família está tão chocada quanto todos.
Maria Castro Montes pediu que sua família não seja julgada pela ação de seu primo. "Em nome da família Castro, queria dizer que todos realmente sentimos pena delas, por tudo que sofreram, e se isso foi obra de um membro de nossa família, ele deva pagar por isso".