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Diplomata dos EUA aponta deficiências de segurança em Benghazi

O diplomata americano Eric Nordstrom afirmou que funcionários de alto escalão do Departamento de Estado estavam cientes das deficiências

Agência France-Presse
postado em 08/05/2013 14:48
WASHINGTON - A sede diplomática dos Estados Unidos na cidade líbia de Benghazi descumpria padrões cruciais de segurança, o que pode ter contribuído para as mortes de americanos no ano passado, afirmou nesta quarta-feira (8/5), perante o Congresso, o diplomata americano Eric Nordstrom.

Nordstrom, responsável pela segurança regional na embaixada americana em Trípoli nos meses prévios ao ataque, também afirmou que funcionários de alto escalão do Departamento de Estado estavam cientes das deficiências.

Os testemunhos de Nordstrom e de outros dois funcionários americanos, descritos por legisladores republicanos como informantes, se incluem em uma longa série de audiências e relatórios analisados sobre os incidentes de 11 de setembro de 2012, quando edifícios americanos em Benghazi foram atacados deixando quatro mortos, entre eles o embaixador Christopher Stevens.



A oposição republicana criticou o presidente Barack Obama, alegando que a Casa Branca enganou os americanos quando descreveu os ataques como incidentes espontâneos produto de protestos contra um vídeo anti-islâmico.

O governo de Obama, que depois admitiu que se tratou de uma ofensiva planejada, atribuiu a hipótese inicial à confusão sobre o que estava ocorrendo no local.

Nordstrom disse que o Departamento de Estado ordenou a ocupação dos edifícios em Benghazi, apesar das deficiências em segurança nesta cidade considerada uma das mais perigosas do mundo.

Dos 264 postos diplomáticos no exterior, "nossas sedes em Benghazi e Trípoli são duas das 14 sedes classificadas como de alto ou crítico em todas as categorias" em uma lista que avalia a segurança, disse Nordstrom.

Nordstrom acrescentou que o relatório dos incidentes produzido pelo Departamento de Estado a pedido da então secretária de Estado Hillary Clinton "não revisou as decisões de vários funcionários de alto escalão que tomaram decisões-chave".

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