Agência France-Presse
postado em 08/05/2013 15:13
BRUXELAS - Trinta pessoas foram presas na Bélgica, Suíça e França no curso da investigação de um roubo no aeroporto de Bruxelas, onde 50 milhões de dólares em diamantes foram levados em plena luz do dia em fevereiro, e parte do espólio foi recuperado.
Em 18 de fevereiro, dois veículos pretos com sirenes da polícia entraram por um canteiro de obras na pista do aeroporto. Eles se aproximaram de um carro-forte estacionado ao lado de um avião da companhia Swiss, que se preparava para decolar para Zurique. Oito homens armados com metralhadoras e usando uniformes da polícia renderam o piloto e co-piloto do avião e os transportadores da empresa Brink;s, sem disparar um tiro.
Forçando as portas do compartimento de carga, eles retiraram 120 pacotes contendo principalmente diamantes, no valor de aproximadamente 50 milhões de dólares. Saíram sem estardalhaço. A operação durou apenas dez minutos.
Após três meses de trabalho silencioso, a investigação resultou em uma grande operação conduzida por 200 policiais belgas, suíços e franceses, anunciou nesta quarta-feira (8/5) o porta-voz da Promotoria de Bruxelas, Jean-Marc Meilleur.
Na França, um cidadão francês foi preso na terça-feira (7/5). O homem, com "uma extensa lista de antecedentes criminais", teve participação direta no assalto. A Bélgica solicitou sua extradição.
Um advogado e um empresário detidos
A polícia suíça indicou por sua vez que a brigada de repressão ao crime organizado de Genebra deteve terça-feira à noite oito pessoas suspeitas de envolvimento no caso. Mas a promotoria belga evocou seis prisões na Suíça.
Uma grande quantidade de diamantes foi encontrada em Genebra, assim como 100.000 francos suíços (80.000 euros), indicou o Ministério Público. Um "advogado e um empresário estão entre os detidos. Eles são acusados de ocultação e obstrução da justiça".
A polícia de Genebra investiga há dois meses "a pista da presença de membros de uma organização criminosa" e considera que "as pedras preciosas apreendidas são as mesmas do roubo" de Bruxelas.
Na Bélgica, quarenta mandatos de prisão foram cumpridos. Vinte e quatro homens "entre 30 e 50 anos de idade" foram detidos. "Alguns deles já haviam sido condenados por roubo", explicou Meilleur.
Um ar de déjà-vu
Durante as operações de busca na Bélgica, "grandes somas de dinheiro e carros de luxo" foram apreendidos, segundo o porta-voz. No entanto, quando questionado se os ladrões receberam ajuda de funcionários do aeroporto ou da empresa de transporte de fundos, Meilleur não quis responder.
O roubo tem o ar de déjà-vu no aeroporto de Bruxelas, depois de assaltos semelhantes em outubro de 2000 (6,5 milhões em diamantes roubados) e outubro de 1995 (1,1 milhão de euros). Na Holanda, diamantes e joias no valor de cerca de 75 milhões de euros com destino a Antuérpia foram roubados em fevereiro de 2005 no aeroporto de Amsterdã. Mas o recorde de um roubo de diamante foi cometido na Bélgica, em fevereiro de 2003, dos cofres do Diamond Centre: a quantidade de espólio foi estimado em 100 milhões de euros.
Em 18 de fevereiro, dois veículos pretos com sirenes da polícia entraram por um canteiro de obras na pista do aeroporto. Eles se aproximaram de um carro-forte estacionado ao lado de um avião da companhia Swiss, que se preparava para decolar para Zurique. Oito homens armados com metralhadoras e usando uniformes da polícia renderam o piloto e co-piloto do avião e os transportadores da empresa Brink;s, sem disparar um tiro.
Forçando as portas do compartimento de carga, eles retiraram 120 pacotes contendo principalmente diamantes, no valor de aproximadamente 50 milhões de dólares. Saíram sem estardalhaço. A operação durou apenas dez minutos.
Após três meses de trabalho silencioso, a investigação resultou em uma grande operação conduzida por 200 policiais belgas, suíços e franceses, anunciou nesta quarta-feira (8/5) o porta-voz da Promotoria de Bruxelas, Jean-Marc Meilleur.
Na França, um cidadão francês foi preso na terça-feira (7/5). O homem, com "uma extensa lista de antecedentes criminais", teve participação direta no assalto. A Bélgica solicitou sua extradição.
Um advogado e um empresário detidos
A polícia suíça indicou por sua vez que a brigada de repressão ao crime organizado de Genebra deteve terça-feira à noite oito pessoas suspeitas de envolvimento no caso. Mas a promotoria belga evocou seis prisões na Suíça.
Uma grande quantidade de diamantes foi encontrada em Genebra, assim como 100.000 francos suíços (80.000 euros), indicou o Ministério Público. Um "advogado e um empresário estão entre os detidos. Eles são acusados de ocultação e obstrução da justiça".
A polícia de Genebra investiga há dois meses "a pista da presença de membros de uma organização criminosa" e considera que "as pedras preciosas apreendidas são as mesmas do roubo" de Bruxelas.
Na Bélgica, quarenta mandatos de prisão foram cumpridos. Vinte e quatro homens "entre 30 e 50 anos de idade" foram detidos. "Alguns deles já haviam sido condenados por roubo", explicou Meilleur.
Um ar de déjà-vu
Durante as operações de busca na Bélgica, "grandes somas de dinheiro e carros de luxo" foram apreendidos, segundo o porta-voz. No entanto, quando questionado se os ladrões receberam ajuda de funcionários do aeroporto ou da empresa de transporte de fundos, Meilleur não quis responder.
O roubo tem o ar de déjà-vu no aeroporto de Bruxelas, depois de assaltos semelhantes em outubro de 2000 (6,5 milhões em diamantes roubados) e outubro de 1995 (1,1 milhão de euros). Na Holanda, diamantes e joias no valor de cerca de 75 milhões de euros com destino a Antuérpia foram roubados em fevereiro de 2005 no aeroporto de Amsterdã. Mas o recorde de um roubo de diamante foi cometido na Bélgica, em fevereiro de 2003, dos cofres do Diamond Centre: a quantidade de espólio foi estimado em 100 milhões de euros.