Agência France-Presse
postado em 08/05/2013 15:29
JERUSALEM - O mufti de Jerusalém, Mohammed Hussein, a mais alta autoridade religiosa dos territórios palestinos, é interrogado nesta quarta-feira (8/5) por mais seis horas de interrogatório sobre seu suposto envolvimento em incidentes na Esplanadas das Mesquitas, informou a polícia israelense.
Na Cidade Velha de Jerusalém, a polícia também prendeu mais de uma dezena de pessoas acusadas de perturbação à ordem pública quando marcharam celebrando a ocupação israelense da parte oriental da cidade iniciada em 1967.
Estes manifestantes passaram por bairros de Jerusalém em que vivem principalmente árabes para celebrar o aniversário da ocupação, também chamada de "Dia de Jerusalém" pelo Estado de Israel.
"O mufti foi liberado após seis horas de interrogatório sobre o incidente ocorrido na terça-feira no Monte do Templo (Esplanada das Mesquitas) e sobre suas recentes declarações sobre este local", declarou o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld.
Segundo a polícia, durante os tais incidentes, foram jogadas cadeiras contra um grupo de judeus. O mufti Hussein não foi indiciado, acrescentou o porta-voz, sem dar mais detalhes.
A Esplanada das Mesquitas, que os muçulmanos chamam de "Nobre Santuário" (Haram al Sharif) e os judeus de Monte do Templo, em referência ao segundo templo judeu destruído pelos romanos no ano 70 d.C, cujo principal vestígio é o Muro das Lamentações, é um lugar sagrado para o islamismo e o judaísmo.
O governo de Israel considera Jerusalém como sua capital "unificada e indivisível", mas a comunidade internacional não reconhece a anexação da parte oriental da cidade, que os palestinos querem converter na capital de seu futuro Estado.
Paralelamente, deputados jordanianos exigiram que o governo expulse o embaixador israelense no país, Daniel Nevo, após a prisão do mufti de Jerusalém, informou a agência de notícias Petra.
"Os (150 membros) da câmara baixa do Parlamento, por unanimidade, exigiram que o governo peça ao embaixador israelense que deixe a Jordânia e chame o embaixador da Jordânia em Israel para consultas.
Petra indicou que a votação foi "em resposta às medidas de ocupação israelenses na mesquita de Al Aqsa".
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, em um comunicado também condenou "a prisão pelas autoridades de ocupação israelenses do mufti de Jerusalém e dos Lugares Santos palestinos de Mohamed Hussein".
Por sua parte, o ministério israelense dos Cultos anunciou nesta quarta-feira que irá pedir a alteração da lei existente para que os judeus possam rezar na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental.
"Queremos que os judeus que desejam orar no local possam fazê-lo", declarou El-Hanã Glat, diretor do ministério de Assuntos Religiosos, a uma comissão parlamentar.
A lei israelense permite que os judeus rezem na Esplanada, mas confia a missão à polícia para avaliar a situação de modo a não perturbar a ordem pública. Na verdade, a oração está proibida desde que Israel ocupou Jerusalém Oriental em 1967.
"Como podemos aceitar que os judeus não tenham o direito de rezar no lugar mais sagrado para eles?", exclamou Moshe Feiglin, deputado da ala radical do Likud, o partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Na Cidade Velha de Jerusalém, a polícia também prendeu mais de uma dezena de pessoas acusadas de perturbação à ordem pública quando marcharam celebrando a ocupação israelense da parte oriental da cidade iniciada em 1967.
Estes manifestantes passaram por bairros de Jerusalém em que vivem principalmente árabes para celebrar o aniversário da ocupação, também chamada de "Dia de Jerusalém" pelo Estado de Israel.
"O mufti foi liberado após seis horas de interrogatório sobre o incidente ocorrido na terça-feira no Monte do Templo (Esplanada das Mesquitas) e sobre suas recentes declarações sobre este local", declarou o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld.
Segundo a polícia, durante os tais incidentes, foram jogadas cadeiras contra um grupo de judeus. O mufti Hussein não foi indiciado, acrescentou o porta-voz, sem dar mais detalhes.
A Esplanada das Mesquitas, que os muçulmanos chamam de "Nobre Santuário" (Haram al Sharif) e os judeus de Monte do Templo, em referência ao segundo templo judeu destruído pelos romanos no ano 70 d.C, cujo principal vestígio é o Muro das Lamentações, é um lugar sagrado para o islamismo e o judaísmo.
O governo de Israel considera Jerusalém como sua capital "unificada e indivisível", mas a comunidade internacional não reconhece a anexação da parte oriental da cidade, que os palestinos querem converter na capital de seu futuro Estado.
Paralelamente, deputados jordanianos exigiram que o governo expulse o embaixador israelense no país, Daniel Nevo, após a prisão do mufti de Jerusalém, informou a agência de notícias Petra.
"Os (150 membros) da câmara baixa do Parlamento, por unanimidade, exigiram que o governo peça ao embaixador israelense que deixe a Jordânia e chame o embaixador da Jordânia em Israel para consultas.
Petra indicou que a votação foi "em resposta às medidas de ocupação israelenses na mesquita de Al Aqsa".
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, em um comunicado também condenou "a prisão pelas autoridades de ocupação israelenses do mufti de Jerusalém e dos Lugares Santos palestinos de Mohamed Hussein".
Por sua parte, o ministério israelense dos Cultos anunciou nesta quarta-feira que irá pedir a alteração da lei existente para que os judeus possam rezar na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental.
"Queremos que os judeus que desejam orar no local possam fazê-lo", declarou El-Hanã Glat, diretor do ministério de Assuntos Religiosos, a uma comissão parlamentar.
A lei israelense permite que os judeus rezem na Esplanada, mas confia a missão à polícia para avaliar a situação de modo a não perturbar a ordem pública. Na verdade, a oração está proibida desde que Israel ocupou Jerusalém Oriental em 1967.
"Como podemos aceitar que os judeus não tenham o direito de rezar no lugar mais sagrado para eles?", exclamou Moshe Feiglin, deputado da ala radical do Likud, o partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.