Agência France-Presse
postado em 08/05/2013 16:56
CLEVELAND - Ariel Castro, principal suspeito dos raptos de Cleveland, era um homem com duas caras, segundo informações divulgadas: por um lado, um músico amante de automóveis, por outro, uma pessoa que teria agredido ex-mulher e filhos durante anos.
Juntamente com seus irmãos Pedro, de 54 anos, e Oneil, de 50, este ex-motorista de ônibus escolares de 52 anos enfrenta acusações criminais pelo rapto, durante uma década, de Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight.
As três mulheres foram libertadas na noite de segunda-feira de uma casa de dois andares e quatro quartos de propriedade de Castro, situada no número 2207 da Seymour Avenue, em uma área de classe média de Cleveland (Ohio, norte dos Estados Unidos).
Castro, que no alpendre de casa mantinha uma bandeira porto-riquenha, vem de uma família que emigrou da ilha caribenha após a Segunda Guerra Mundial e se fixou em Cleveland, na época um distrito industrial.
Seu pai, Nona Castro, falecido em 2004, dirigia uma loja de carros usados, enquanto seu tio, Julio "Cesi" Castro, de 78 anos, se mantém como um pilar da comunidade hispânica da cidade.
A reputação de Ariel Castro no bairro onde morava era boa. "Moro aqui há um ano. Fiz churrasco com esse homem. Comemos costelas ouvindo salsa ao fundo", contou a uma emissora de TV local Charles Ramsey, o vizinho que ajudou Amanda Berry a fugir.
Ramsey também lembra de ter visto Castro em seu jardim brincando com os cães ou consertando carros e motos. Mas Julio Castro disse que seu sobrinho se isolou da família depois da morte do pai em 2004, no ano em que DeJesus desapareceu, um ano após o rapto de Berry e dois anos depois de Knight ter sido vista pela última vez. "Talvez fosse o tipo de pessoa que tinha duas vidas", contou Julio Castro à emissora CNN.
Em 2005, a ex-mulher de Castro, Grimilda Figueroa, falecida no ano passado, tinha alegado perante uma corte familiar que Castro frequentemente sequestrava as duas filhas do casal, Emily e Arlene e as mantinha distantes da mãe.
Figueroa tinha denunciado sofrer violências que a deixou em diversas ocasiões com o nariz ou uma costela quebrada, o ombro deslocado e um coágulo de sangue no cérebro, e pediu ao juiz que instasse Castro "a cessar suas ameaças de morte".
O filho do casal, Anthony Castro, um bancário de 31 anos residente em Cincinnati, afirmou ao jornal britânico Daily Mail que sua mãe abandonou a casa com os três filhos em 1996 após anos de abusos. "Eu também fui espancado", disse.
O suspeito Ariel Castro dirigiu ônibus escolares por 22 anos, com anotações de infrações de trânsito e incidentes, como em 2004 quando deixou sozinho um menino com necessidades especiais enquanto foi comprar um hambúrguer, até ser demitido em novembro de 20212.
Segundo o jornal Plain Dealer, Castro era um baixista amador e tocou baixo por 15 anos em uma banda de música latina, o Grupo Kanon.
"Ele fazia o trabalho, mas ficou cada vez menos confiável nos últimos anos", afirmou o líder da banda, Ivan Ruiz, que também o demitiu no ano passado. "Era como se não pudesse deixar sua casa", afirmou.
Uma prima dos três irmãos, Maria Castro Montes, pediu, por sua vez, que sua família não seja julgada pelas ações de Ariel.
"Em nome da família Castro, queria dizer que todos realmente sentimos pena delas, por tudo que sofreram, e se isso foi obra de um membro de nossa família, ele deva pagar por isso". "Ele também enganou nossa família. Obviamente alguém que é capaz destas coisas tem uma conduta sociopata, que obviamente ocultou bem durante muitos anos", concluiu.
Juntamente com seus irmãos Pedro, de 54 anos, e Oneil, de 50, este ex-motorista de ônibus escolares de 52 anos enfrenta acusações criminais pelo rapto, durante uma década, de Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight.
As três mulheres foram libertadas na noite de segunda-feira de uma casa de dois andares e quatro quartos de propriedade de Castro, situada no número 2207 da Seymour Avenue, em uma área de classe média de Cleveland (Ohio, norte dos Estados Unidos).
Castro, que no alpendre de casa mantinha uma bandeira porto-riquenha, vem de uma família que emigrou da ilha caribenha após a Segunda Guerra Mundial e se fixou em Cleveland, na época um distrito industrial.
Seu pai, Nona Castro, falecido em 2004, dirigia uma loja de carros usados, enquanto seu tio, Julio "Cesi" Castro, de 78 anos, se mantém como um pilar da comunidade hispânica da cidade.
A reputação de Ariel Castro no bairro onde morava era boa. "Moro aqui há um ano. Fiz churrasco com esse homem. Comemos costelas ouvindo salsa ao fundo", contou a uma emissora de TV local Charles Ramsey, o vizinho que ajudou Amanda Berry a fugir.
Ramsey também lembra de ter visto Castro em seu jardim brincando com os cães ou consertando carros e motos. Mas Julio Castro disse que seu sobrinho se isolou da família depois da morte do pai em 2004, no ano em que DeJesus desapareceu, um ano após o rapto de Berry e dois anos depois de Knight ter sido vista pela última vez. "Talvez fosse o tipo de pessoa que tinha duas vidas", contou Julio Castro à emissora CNN.
Em 2005, a ex-mulher de Castro, Grimilda Figueroa, falecida no ano passado, tinha alegado perante uma corte familiar que Castro frequentemente sequestrava as duas filhas do casal, Emily e Arlene e as mantinha distantes da mãe.
Figueroa tinha denunciado sofrer violências que a deixou em diversas ocasiões com o nariz ou uma costela quebrada, o ombro deslocado e um coágulo de sangue no cérebro, e pediu ao juiz que instasse Castro "a cessar suas ameaças de morte".
O filho do casal, Anthony Castro, um bancário de 31 anos residente em Cincinnati, afirmou ao jornal britânico Daily Mail que sua mãe abandonou a casa com os três filhos em 1996 após anos de abusos. "Eu também fui espancado", disse.
O suspeito Ariel Castro dirigiu ônibus escolares por 22 anos, com anotações de infrações de trânsito e incidentes, como em 2004 quando deixou sozinho um menino com necessidades especiais enquanto foi comprar um hambúrguer, até ser demitido em novembro de 20212.
Segundo o jornal Plain Dealer, Castro era um baixista amador e tocou baixo por 15 anos em uma banda de música latina, o Grupo Kanon.
"Ele fazia o trabalho, mas ficou cada vez menos confiável nos últimos anos", afirmou o líder da banda, Ivan Ruiz, que também o demitiu no ano passado. "Era como se não pudesse deixar sua casa", afirmou.
Uma prima dos três irmãos, Maria Castro Montes, pediu, por sua vez, que sua família não seja julgada pelas ações de Ariel.
"Em nome da família Castro, queria dizer que todos realmente sentimos pena delas, por tudo que sofreram, e se isso foi obra de um membro de nossa família, ele deva pagar por isso". "Ele também enganou nossa família. Obviamente alguém que é capaz destas coisas tem uma conduta sociopata, que obviamente ocultou bem durante muitos anos", concluiu.