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Rússia conclui fornecimento de mísseis à Síria, afirma ministro

O secretário de Estado americano John Kerry havia considerado na quinta-feira (9/5) em Roma que o fornecimento de mísseis russos à Síria seria "potencialmente desestabilizador" para a região

Agência France-Presse
postado em 10/05/2013 13:04
Varsóvia - A Rússia está concluindo o fornecimento de mísseis terra-ar já acertado com a a Síria e atualmente não planeja realizar novas vendas de armamentos deste tipo, afirmou o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov. "A Rússia não está planejando vender mais. A Rússia vendeu há muito tempo e está completando o fornecimento de equipamentos, ou seja, um sistema de defesa antiaérea, segundo contratos já assinados", declarou em Varsóvia.

"O direito internacional não proíbe isto. É um armamento defensivo", completou. Segundo o chefe da diplomacia russa, "trata-se de armamento defensivo para que a Síria, que é o país importador, tenha a possibilidade de se defender de ataques aéreos". O secretário de Estado americano John Kerry havia considerado na quinta-feira (9/5) em Roma que o fornecimento de mísseis russos à Síria seria "potencialmente desestabilizador" para a região.



[SAIBAMAIS]Por sua vez, o chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, indicou a existência de uma controvérsia a este respeito e exigiu o fim do fornecimento de armas à Síria. "Estamos convencidos que o fornecimento internacional de armas à Síria deve acabar e que devemos fazer tudo para dar chances a uma situação política", declarou após uma reunião com os ministros das Relações Exteriores da Polônia, Rússia e Alemanha.

Essas declarações ocorrem no momento em que o primeiro-ministro britânico David Cameron discute em Sóchi, na Rússia, com o presidente russo Vladimir Putin sobre as "opções possíveis" para resolver a crise síria. "Temos interesses em comum, o de acabar rapidamente com a violência e lançar um processo pacífico, conservar a integridade territorial da Síria como Estado soberano", declarou o presidente Putin.

Cameron indicou por sua vez que se os pontos de vista da Rússia e da Grã-Bretanha sobre a resolução da crise síria diferem, os dois países procuram o mesmo objetivo, o fim do conflito e do extremismo no país. Ele também elogiou a proposta de organizar uma conferência internacional a fim de encontrar uma solução política, conforme o acordo concluído em Genebra em 30 de junho de 2012 entre as grandes potências, proposta sobre a qual entraram em acordo Moscou e Washington na terça-feira (7/5).

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