Centenas de jovens se reuniram no local do atentado para denunciar a violência e os ataques cada vez mais frequentes na cidade. Eles exigiam a dissolução das milícias armadas e a formação de um Exército nacional.
O governo líbio denunciou em um comunicado "um crime odioso e ato de terrorismo que provocou a morte de inocentes", prometendo "cumprir o seu dever de deter os criminosos e levá-los à Justiça".
A Missão das Nações Unidas na Líbia (Unsmil) condenou o atentado criminoso e fez pediu que "todos os líbios sejam solidários diante de todas as tentativas de destruição, terrorismo e desestabilização da Líbia".
Este foi o primeiro ataque em pleno dia e praticado contra civis.
A cidade de Benghazi, berço da revolução líbia, foi cenário de vários atentados e ataques nos últimos meses contra os serviços de segurança e contra representações de países ocidentais.
Os ataques geralmente são reivindicados por islamitas radicais, como o de 11 de setembro contra o consulado americano que causou a morte de quatro americanos, entre eles o embaixador Chris Stevens.
Nesta segunda-feira (13/5), os Estados Unidos anunciaram que preparam seus soldados para intervir em caso de ameaça contra seus funcionários diplomáticos na Líbia. "Estamos preparados para responder se as condições se deteriorarem ou se nos pedirem", declarou o porta-voz George little. "Deslocamos funcionários e equipamentos".
O Pentágono foi criticado nos últimos meses por não ter mobilizado a tempo uma força para intervir e reagir ao ataque contra o consulado em Benghazi. Estas forças militares, que poderiam eventualmente proteger as instalações diplomáticas ou realizar a retirada de diplomatas, se posicionaram na base da Otan em Sigonella (Sicília), entre outros locais, acrescentou Little, sem fornecer maiores detalhes.
Washington ordenou na quarta-feira a saída de parte dos funcionários de sua embaixada em Trípoli, em resposta às condições precárias de segurança depois do cerco a dois ministérios por parte de grupos armados.
O Reino Unido tomou uma medida semelhante após o atentado com carro-bomba de 23 de abril contra a embaixada da França em Trípoli, no qual dois franceses ficaram feridos.
As autoridades deste país do norte da África têm dificuldade para formar forças de segurança eficazes, diante do fortalecimento de milícias armadas.