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Londres e Washington querem aumentar pressão sobre presidente Assad

Os líderes dos EUA e da Grã-Bretanha querem que Bashar al-Assad deixe o poder

Agência France-Presse
postado em 13/05/2013 14:38

Washington - Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha decidiram "aumentar a pressão" sobre o presidente sírio, Bashar al-Assad, para que deixe o poder, afirmou nesta segunda-feira (13/5) o presidente Barack Obama ao lado do primeiro-ministro David Cameron.

"Juntos, nós iremos continuar com nossos esforços para aumentar a pressão sobre o regime de Assad, fornecer ajuda humanitária aos sírios, reforçar a ajuda à oposição moderada e preparar o caminho para uma Síria democrática sem Bashar al-Assad", afirmou Obama em entrevista coletiva conjunta com Cameron.

O premier britânico pediu que a comunidade internacional saia da paralisia provocada pelas divergências entre as potências ocidentais e a Rússia.

Três dias depois de ter se reunido com o presidente russo, Vladimir Putin, que apoia o regime de Assad, o primeiro-ministro britânico ressaltou que "a história da Síria está sendo escrita com o sangue de seu povo"

"E isto está acontecendo sob nossos olhos", completou.



"É preciso que o mundo chegue a um acordo para acabar com a carnificina. Nenhum de nós tem interesse em ver vidas perdidas, armas químicas sendo utilizadas e a violência ligada ao extremismo se estender", declarou.

Obama seguiu a mesma linha e exortou Moscou a avançar em sua posição.

"Na posição de líder no cenário internacional, a Rússia tem um interesse, e também uma obrigação, de tentar resolver este problema de modo que atinja o resultado que desejamos a longo prazo", insistiu.

Cameron saudou o fato de a Rússia e os Estados Unidos terem chegado a um acordo na semana passada sobre a iniciativa de relançar o processo "de Genebra" para obter uma transição política na Síria.

"Nós reconhecemos o acordo do presidente Putin para reunir os esforços destinados a definir uma solução política. As dificuldades ainda são enormes, mas ainda temos uma janela antes que os piores temores se tornem realidade", acrescentou Cameron, no momento em que o conflito já deixou cerca de 80.000 mortos e começa a se propagar para além das fronteiras da Síria.

"É preciso que os sírios se sentem à mesma mesa para chegarem a um acordo sobre um governo de transição apoiado por todos os sírios", acrescentou Cameron.

Em meio às negociações por uma solução para a crise síria, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, viajará na terça-feira a Moscou para tentar impedir a venda de mísseis russos a Damasco. Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se reunirá no dia 17 deste mês em Moscou com o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, para discutir a crise síria, segundo o Ministério russo das Relações Exteriores.

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, aliado de Washington, será recebido na quinta por Obama na Casa Branca. Na Turquia, nove pessoas ligadas "a uma organização terrorista vinculada à inteligência síria, foram detidas após o duplo atentado com carro-bomba que deixou 48 mortos no sábado em Reyhanli (sul), perto da fronteira com a Síria. O regime de Damasco negou qualquer envolvimento no ataque.

Enquanto isso, a Coalizão Opositora Síria anunciou que discutirá a proposta de Rússia e Estados Unidos em uma reunião prevista para 23 de maio em Istambul. Antes disso, consultará seus aliados regionais, como a Arábia Saudita, Qatar e Turquia. No terreno, os combates prosseguem na região de Damasco e a aviação síria mantém seus bombardeios nas províncias de Idleb e Aleppo.

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