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Angelina Jolie revela que passou por dupla mastectomia para evitar câncer

"A vida está cheia de desafios. Os que não devem nos dar medo são os que podemos enfrentar e podemos controlar", concluiu Angelina Jolie sobre a cirurgia



Conhecida por ter interpretado a heroína dos jogos eletrônicos Lara Croft no cinema, Angelina Jolie, que nos últimos anos também estreou na direção, explica em detalhes a operação para retirada de tecido mamário e a substituição por implantes temporários. "Você levanta com tubos de drenagem e extensores nos peitos. Parece uma cena de um filme de ficção científica. Mas alguns dias depois da operação, você pode voltar à vida normal", recorda.

A atriz também ressalta que Brad Pitt foi um grande apoio durante todo o processo. "Conseguimos encontrar momentos para rir juntos. Sabíamos que era o melhor que podíamos fazer para nossa família e que nos uniria ainda mais. E foi assim que aconteceu". A operação deixou apenas pequenas cicatrizes que não chocarão nossos filhos, conta Jolie. "Pessoalmente não me sinto menos mulher. Me sinto mais forte e tomei uma decisão importante que não diminui em nada minha feminilidade", completa.

Angelina Jolie, uma das atrizes mais bem pagas do mundo, lamenta que o teste para detectar a mutação genética BRCA1, assim como a BRCA2, custe mais de 3.000 dólares nos Estados Unidos, "um obstáculo para muitas mulheres". Também espera que seu caso sirva de exemplo para outras mulheres com risco de câncer. "A vida está cheia de desafios. Os que não devem nos dar medo são os que podemos enfrentar e podemos controlar", conclui.

"É uma mulher corajosa", afirmou o chanceler britânico, William Hague, que trabalhou nos últimos meses com Jolie, enviada especial do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), para colocar na agenda política o problema da violência sexual nos conflitos. Hague e Jolie visitaram Ruanda e a República Democrática do Congo em março e uniram esforços na reunião do mês passado dos ministros das Finanças do G8 para obter a promessa de ação contra o uso do estupro como arma de guerra.

"É uma mulher muito corajosa, uma mulher muito profissional. Trabalhou muito comigo nos últimos meses e viajou comigo por alguns lugares difíceis no Congo", disse Hague ao canal Sky News Television. "Não deu nenhum sinal de que estava sendo submetida a tal tratamento. É uma mulher muito corajosa não apenas para seguir adiante com seu trabalho durante tal tratamento, mas também agora, ao escrever e falar sobre isto. É uma mulher muito corajosa e será uma inspiração para muitos", completou.