Mundo

Oposição síria condena vídeo de rebelde arrancando coração de soldado

No vídeo, um homem identificado como Abu Sakkar, que seria chefe de uma brigada, aparece ao lado do cadáver de um soldado e insulta os alauitas

Agência France-Presse
postado em 14/05/2013 09:51
Beirute - A opositora Coalizão Nacional Síria e a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) condenaram nesta terça-feira (14/5) o vídeo no qual um homem, que se apresenta como rebelde, arranca o coração de um soldado. "As agências de notícias internacionais e as redes sociais têm feito circular um vídeo no qual uma pessoa que afirma ser membro dos rebeldes em Homs executa um ato horripilante e desumano", afirma a Coalizão Nacional Síria.

[SAIBAMAIS]"A Coalizão Síria condena energicamente este ato, caso seja demonstrado que é verdade. A Coalizão ressalta que estes tipos de atos contradizem os valores morais do povo sírio, assim com os valores e princípios do Exército Sírio Livre (ESL)", completa um comunicado. Segundo a HRW, o homem que aparece no vídeo é um rebelde de uma brigada do centro da província de Homs e que este ano atirou de modo indiscriminado contra localidades libanesas.



"Não basta que a oposição síria condene este tipo de comportamento ou atribua a culpa da violência ao governo", disse Nadim Houry, subdiretor da HRW para o Oriente Médio. "As forças opositoras têm que atuar com firmeza para conter estes abusos", completou.

No vídeo, um homem identificado como Abu Sakkar, que seria chefe de uma brigada, aparece ao lado do cadáver de um soldado e insulta os alauitas, a confissão do presidente Bashar al-Assad. Em seguida ele arranca o coração do soldado com uma faca e o leva à boca.

"Juramos a Deus que comeremos vossos corações, e fígados, soldados deste cão de Bashar", afirma o homem, segundo as imagens divulgadas no YouTube. A guerra civil na Síria, que começou há mais de dois anos, deixou quase 70.000 mortos e provocou a fuga de milhares de pessoas para os países vizinhos, segundo a ONU.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação