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EUA: congressistas querem proibir posse e criação de grandes felinos

"Não importa quantas vezes se tente, os grandes felinos, como leões, tigres e guepardos, são impossíveis de domesticar para propriedade privada", disse McKeon

Agência France-Presse
postado em 16/05/2013 21:27
Washington - Congressistas americanos introduziram nesta quinta-feira um projeto de lei pela proibição de propriedade e de criação de felinos de grande porte por parte de particulares, alegando que zoológicos não autorizados maltratam os animais e põem os humanos em risco.

A posse privada de animais selvagens ocupou as manchetes dos jornais americanos em 2011. Um suicida, que morava perto de Zanesville, no estado de Ohio (norte), abriu as portas de sua fazenda antes de se matar com um tiro. Dezenas de leões, tigres e outros animais ficaram fora de controle até que a polícia atirou nos animais.

Os congressistas Buck McKeon (republicano) e Loretta Sánchez (democrata), do estado da Califórnia (oeste), apresentaram um projeto de lei na Câmara de Representantes para proibir a posse privada e criação de grandes felinos, em substituição às leis estaduais, pouco consistentes nesse sentido.

"Não importa quantas vezes se tente, os grandes felinos, como leões, tigres e guepardos, são impossíveis de domesticar para propriedade privada", disse McKeon, em uma nota.

A lei eximiria os zoológicos certificados, santuários de vida silvestre e alguns circos - esses últimos incluídos depois da mudança no texto da versão anterior da proposta que havia fracassado na última sessão do Congresso.

Segundo a nova proposta, circos itinerantes estarão autorizados a possuir e criar grandes felinos, se aceitarem que os visitantes não toquem nos animais, entre outras condições.

O Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW, na sigla em inglês), que promove esse projeto, informou que entre 10.000 e 20.000 grandes felinos vivem nos Estados Unidos como mascotes, ou são criados com fins comerciais.

O grupo de defesa dos animais disse ainda que mais de 200 pessoas foram mutiladas, e pelo menos 22 morreram em incidentes com esses animais selvagens desde 1997.

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