A Palma de Ouro, máxima recompensa do Festival de Cannes, "está a salvo", informaram à AFP os organizadores do evento após o furto milionário.
Outras fontes vinculadas à investigação indicaram que a vítima do roubo é uma mulher de nacionalidade americana que trabalha para a Chopard e que chegou na véspera dos Estados Unidos. A mulher retornou ao seu quarto entre as três e as cinco da manhã, momento em que descobriu o crime.
A notícia do roubo se espalhou como um rastilho de pólvora pelos corredores do Festival, no que parecia um remake de "Ladrão de Casaca", de Alfred Hitchcock (1955), onde Cary Grant é um ladrão aposentado que investiga uma série de roubos em grandes hotéis da Costa Azul, incluindo um contra uma rica americana encarnada por Grace Kelly.
Na história real, os ladrões arrancaram o cofre com as joias destinadas às personalidades que iriam exibi-las ao subir a famosa escada que conduz ao Palácio do Festival. Algumas fontes consultadas se impressionaram de que estas obras de valor tão alto estivessem em um hotel que não pertence ao circuito habitual dos famosos, e que também não estivessem guardadas em uma das lojas da joalheria suíça situada no hotel Martinez, um dos sete principais palacetes da Croisette.
Tanto a Chopard quanto a rede Novotel se negaram a fornecer detalhes imediatos acerca do incidente. Há anos, a Chopard é a principal joalheria a fornecer as joias que enfeitam as estrelas em Cannes. Neste ano, a famosa marca suíça de joalheria e relojoaria forneceu, por exemplo, joias ostentadas no tapete vermelho por Julianne Moore, Lana Del Rey, Cindy Crawford, pela atriz chinesa Fan Bing Bing e pela espanhola Blanca Suárez.
A Chopard também fabrica a Palma de 118 gramas de ouro amarelo, de um valor aproximado de 20.000 euros, que será atribuída no dia 26 de maio. Junto com Los Angeles durante a cerimônia do Oscar, Cannes reúne no momento do Festival, na segunda quinzena de maio, a maior concentração de joias do mundo.
No ano passado, a atriz e produtora argentina Martina Gusmán, membro do júri do 65; Festival de Cannes, foi vítima de um roubo no quarto do luxuoso hotel no qual se hospedava. Os jogadores de futebol senegaleses Souleymane Diawara e Mamadou Niang, que também estavam em Cannes durante o Festival, foram igualmente assaltados. Os criminosos levaram quatro relógios de luxo de um valor de 400.000 euros, em uma vila situada nos arredores do balneário.