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Site do Financial Times é hackeado por partidários do regime sírio

Membros do "Exército Eletrônico Sírio" atacaram no início de maio o site satírico americano "The Onion" e, no final de abril, a conta no Twitter da agência de notícias Associated Press

Agência France-Presse
postado em 17/05/2013 14:41
LONDRES - O site do Financial Times (FT) foi atacado nesta sexta-feira (17/5) por um grupo de hackers que se apresenta como "o Exército Eletrônico Sírio" (Syrian Electronic Army, em inglês), favorável ao regime de Damasco.

"Vários blogs do FT e contas de redes sociais foram atingidos por hackers. Estamos nos esforçando para resolver o problema o mais rápido possível", indicou em um comunicado o jornal econômico.

No início desta tarde, a mensagem "O Exército Eletrônico Sírio esteve aqui" aparecia na tela quando alguém acessava um dos blogs do site do jornal.

Às 12h40 GMT (09h40 de Brasília), uma mensagem aparentemente postada por um hacker em uma das contas do jornal no Twitter, FT Technology News, acusava a Frente Al-Nusra, uma organização islamita ligada à Al-Qaeda na Síria, de ter "executado cidadãos inocentes".

Esta mensagem reenviava o internauta para um vídeo no YouTube onde é possível ver homens amarrados sendo executados com tiros na cabeça por homens encapuzados, gritando "Allahu Akbar" ("Deus é grande"), em uma região não identificada. Esta conta foi fechada pouco tempo depois.



Hackers que afirmam ser membros do "Exército Eletrônico Sírio" atacaram no início de maio o site satírico americano "The Onion" e, no final de abril, a conta no Twitter da agência de notícias Associated Press espalhando a mensagem: "Duas explosões na Casa Branca, Obama ferido".

Em 26 de fevereiro, hackearam a conta no Twitter do serviço de foto da AFP, difundindo fotos e menções ao conflito sírio. Em março, foi a vez de três contas da BBC no Twitter, incluindo a de meteorologia.

O grupo também reivindicou os ataques contra os sites da Sky News Arabia e da Al-Jazeera, e outros sites de vários governos da região.

O SEA indica em seu site que defende "o povo árabe sírio" contra as "campanhas dos meios de comunicação árabes e ocidentais."

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