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Manifestantes exigem saída do presidente islamita Moham Mursi no Cairo

Eles exigem a realização de eleições presidenciais antecipadas, libertação dos militantes políticos presos e justiça para os "mártires da revolução"

Agência France-Presse
postado em 17/05/2013 16:01
CAIRO - Centenas de egípcios exigiam esta sexta-feira (17/5) no Cairo a saída do presidente islamita Mohamed Mursi do poder, cerca de um ano após sua eleição.

Passeatas partiram de diferentes bairros da capital em direção à Praça Tahrir, símbolo do levante que causou a queda do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, segundo jornalistas da AFP e imagens transmitidas ao vivo por canais de televisão.

À frente de uma das passeatas, duas grandes faixas exigiam "uma eleição presidencial antecipada" e "uma Constituição unindo todos os egípcios".

Membros do movimento "Tamarrod" (rebelião, em árabe), que indica ter reunido mais de dois milhões de assinaturas para exigir a saída de Mursi, apresentavam abaixo-assinados para que as pessoas assinassem, segundo um jornalista da AFP.

De acordo com a imprensa oficial, a segurança foi reforçada em torno do Ministério do Interior, próximo à Praça Tahrir, diante do qual episódios de violência são registrados com frequência durante manifestações.



As manifestações foram convocadas por vários partidos e forças políticas, como o Al-Dostour, do Prêmio Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, e o movimento 6 de Abril, um dos motores da revolta do início de 2011. A Irmandade Muçulmana, movimento ao qual pertence o presidente, também era um alvo dos manifestantes.

Eles exigem a realização de eleições presidenciais antecipadas, libertação dos militantes políticos presos e justiça para os "mártires da revolução".

Os opositores a Mursi o acusam de governar apenas para atender aos interesses da Irmandade Muçulmana, apesar de ele assegurar que é "o presidente de todos os egípcios", e de não ter conseguido enfrentar a grave crise política e econômica que assola o Egito.

O primeiro ano do primeiro presidente civil e islamita no poder do Egito foi marcado por vários confrontos entre partidários do governo e opositores.

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