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OEA entrega à Colômbia relatório sobre despenalização do consumo de drogas

O documento será estudado também na 7ª Reunião Anual da Sociedade Internacional para o Estudo da Política de Drogas, que ocorre na Colômbia, com a presença de especialistas de 140 países

postado em 18/05/2013 14:31
A Organização dos Estados Americanos (OEA) entregou na noite de ontem (17), na Colômbia, um relatório sobre as drogas na região, em que são apresentados novos cenários para lidar com o problema, entre eles a despenalização do consumo drogas. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, recebeu o relatório do secretário-geral do organismo multilateral, José Miguel Insulza. ;O que queremos e temos que fazer é usar estudos sérios e ponderados como o que nos apresentou a OEA para encontrar melhores soluções;, destacou o presidente durante a cerimônia.

O relatório será analisado pelo governo colombiano e levado para ser discutido na próxima Assembleia Geral do organismo, que ocorrerá em junho na Guatemala. Insulza também destacou que o estudo aborda de maneira inédita, algumas possibilidades para discussão (entre elas a despenalização ou liberação do uso de drogas).

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;Temos em nossas mãos novos elementos de juízo e de política, que não são soluções únicas ou mágicas ; isso nós sabemos ; mas que nos ajudariam a guiar a discussão, respeitando a diversidade de cada país, cada problemática e cada solução;, disse o secretário-geral.

[SAIBAMAIS]O conteúdo completo do estudo ainda não foi divulgado, mas o documento é composto de duas partes, uma de análise pontual do problema das drogas atualmente, e outra que fornece possíveis alternativas e cenários para lidar com a questão.

;Os quatro cenários que o relatório apresenta nos permitem analisar o tema das drogas com projeções do que pode ocorrer no futuro, mas não são recomendações ou prognósticos. São opções realistas, alheias a preconceitos ou dogmas;, destacou o presidente colombiano.

Santos tem tido uma postura pró-despenalização do consumo. No ano passado, durante a Cúpula das Américas que ocorreu em Cartagena, ele levantou o assunto e defendeu que os países estudassem ;novos caminhos; para lidar com o problema.

;Todos temos as mesmas metas: que as mortes e a violência provocadas pelo narcotráfico diminuam, que se reduza o consumo de drogas ilícitas e que os criminosos deixem de lucrar com o tráfico de drogas;, explicou.

O documento será estudado também na 7; Reunião Anual da Sociedade Internacional para o Estudo da Política de Drogas, que está ocorrendo na Colômbia, com a presença de especialistas de 140 países.

Além do debate sobre o tema previsto para a Assembleia Geral da OEA, em junho, o presidente colombiano disse que levará o documento para a próxima Cúpula da Aliança do Pacífico (Colômbia, Chile, México, Peru) que ocorrerá na próxima semana, na cidade de Cali, Sudoeste colombiano. O evento terá presença dos presidentes dos quatro países que compõem esse bloco de integração.

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