Agência France-Presse
postado em 18/05/2013 21:27
Santiago - Milhares de pessoas marcharam neste sábado em Santiago pedindo uma nova política de drogas para o Chile, mediante a qual se regulamente o consumo de maconha e se permita seu cultivo pessoal, como forma de combater o narcotráfico.Homens mulheres e até mães com seus filhos se reuniram na Praça dos Heróis, centro de Santiago, para participar da marcha, que seguiu por várias quadras ao som de tambores, acompanhados do grito ;Legalização!'.
"A ;santita; (maconha) é maravilhosa. O sistema político se encarrega de desvirtuar seu uso e não nos deixa plantar em casa e isso fomenta o narcotráfico", declarou à AFP María Aidé Mateluna, uma mulher de 62 anos que participou da passeata.
A marcha, celebrada pelo nono ano, terminou no Parque Almagro, onde se concentraram as cerca de 30.000 pessoas que participaram da mobilização, segundo estimativas do Movimental, um grupo que promove a descriminalização da maconha e que organizou a passeata.
"Enquanto não for regulamentado o acesso para as substâncias, certamente a maconha, o único que se faz é continuar fomentando o narcotráfico e a única forma de combater o tráfico é regulamentar", disse à AFP Claudio Venegas, um dos organizadores.
A norma antidroga atual do Chile penaliza com até cinco anos de prisão o cultivo de maconha, assim como sua venda, embora não seu consumo pessoal e em caráter privado.
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O Congresso chileno debate um projeto de lei para legalizar o cultivo, consumo pessoal e terapêutico da maconha, que foi apresentado em 2012 pelos senadores socialistas Ricardo Lagos Weber e Fulvio Rossi, que admitiu fumar maconha "ao menos duas vezes por mês".
Dezenove e meio por cento dos adolescentes chilenos disseram ter consumido maconha em 2011, um aumento de 4,4 pontos percentuais com relação a 2009, segundo um informe oficial.