Mundo

Nicolás Maduro proíbe registro de moradias a traficantes e paramilitares

Segundo o presidente, que disse ter recebido denúncias de moradores da região, as propriedades são sítios e casas históricas

Agência France-Presse
postado em 18/05/2013 21:31
Caracas - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou neste sábado no estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia, a proibição do registro de moradias e propriedades a narcotraficantes e paramilitares que tentam controlar a fronteira.

"Narcotraficantes e paramilitares estão entrando até (o povoado de) La Fría e são donos de propriedades (...) Proibi que continuem registrando propriedades deste tipo no estado de Táchira. Vamos revisar com lupa (...) de onde veio o capital, a procedência do comprador", disse Maduro em uma assembleia de cidadãos em La Fría, no oeste do país.

Segundo o presidente, que disse ter recebido denúncias de moradores da região, as propriedades são sítios e casas históricas que, garante, "estão escondidas em capitais legitimados" e que relacionou com a "direita fascista", que costuma vincular à oposição.

A última captura de um suposto narcotraficante ocorreu na semana passada quando foi detido na semana passada em Barinas, estado vizinho a Táchira, o colombiano Giraldo de Jesús Escalante Villegas, aliás "Escalante", chefe do bando "Los Urabeños", graças ao convênio binacional entre a Venezuela e a Colômbia.

Leia mais notícias em Mundo

Também no começo de abril, antes das eleições presidenciais do dia 14 daquele mês, Maduro, então presidente interino, anunciou a detenção de um grupo de paramilitares que supostamente "vinham assassinar aqui", disse, como parte de "um plano de violência da direita".

A Colômbia e a Venezuela têm um acordo de cooperação e troca de informação sobre segurança, firmado em 2010, ao dar por terminado um período de tensão nas relações bilaterais, entre outras coisas pelo suposto apoio do governo venezuelano à guerrilha colombiana das Farc, segundo acusações de Bogotá.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação