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Lugo rejeita oferta de presidente paraguaio para dirigir Congresso

Um acordo com Lugo daria a Cartes 24 cadeiras, uma confortável maioria para aprovar seus projetos de governo

Agência France-Presse
postado em 20/05/2013 15:33
Lugo recebeu Cartes, do Partido Colorado, em um encontro no qual o governante eleito no dia 21 de abril fez acordos de governabilidade para sua administração de cinco anos

O ex-presidente Fernando Lugo rejeitou um convite para ficar à frente do Congresso do Paraguai, uma oferta feita pelo presidente eleito, Horacio Cartes, revelou nesta segunda-feira (20/5) um porta-voz do ex-bispo católico que integrará o Senado no próximo período parlamentar que começa no dia 1; de julho. "Horacio Cartes lhe perguntou quais eram suas pretensões (de Lugo) e se queria estar à frente do Congresso", declarou à imprensa Hugo Richer, porta-voz do partido esquerdista Frente Guasú (Frente Grande), liderado pelo ex-chefe de Estado.

Lugo recebeu Cartes, do Partido Colorado, em uma visita-surpresa no fim de semana, em um encontro no qual o governante eleito no dia 21 de abril fez acordos de governabilidade para sua administração de cinco anos.



Em declarações à rádio 1020 AM, Richer esclareceu que foram apenas conversas e que Lugo não respondeu de forma favorável. "Lugo afirmou que não estava interessado na presidência do Congresso", manifestou.

A Frente Guasú obteve cinco assentos no Senado de um total de 45. Um acordo com Lugo daria a Cartes 24 cadeiras, uma confortável maioria para aprovar seus projetos de governo.

Os liberais ficaram com 13 assentos. Os colorados de Cartes conquistaram maioria simples na Câmara de Deputados. Richer disse que ainda não existe uma postura oficial do partido de tendência esquerdista.

Alfredo Jaeggli, atual presidente do Congresso, pertencente ao partido Liberal do atual chefe de Estado Federico Franco (não reconhecido pelo Mercosul nem pela Unasul), disse nesta segunda-feira que "colocar Lugo à frente do Congresso seria o primeiro erro de Cartes". Se aceitar Lugo como presidente do Congresso, Cartes "fará um mal ao partido (Liberal) e ao país", observou.

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