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Exército nigeriano anuncia retomada de cinco cidades de grupo radical

Foi enviado um reforço de mil homens no sexto dia da ofensiva contra os insurgentes do grupo Boko Haram nesta região

Agência France-Presse
postado em 20/05/2013 18:42
Nigéria - O Exército nigeriano anunciou nesta segunda-feira (20/5) ter retomado cinco cidades que estavam em poder de islamitas no estado de Borno (nordeste) e decidiu enviar mil homens em reforço, no sexto dia da ofensiva contra os insurgentes do grupo Boko Haram nesta região.

O Exército "colocou em segurança as imediações de New Marte, Hausari, Krenoa, Wulgo e Chikun Ngulalo depois de ter destruído todas as bases terroristas situadas em torno dessas localidades (...) e garante a proteção e a liberdade" de seus habitantes, declarou o general Olukolade, porta-voz do Exército nigeriano, em um comunicado.

Essas localidades estão situadas nas imediações da fronteira com Camarões e eram consideradas redutos do grupo islamita.

Quando decretou estado de emergência, no dia 14 de maio, nos estados vizinhos de Borno, Yobe e Adamawa, o presidente Goodluck Jonathan reconheceu que os insurgentes tinham tomado o controle de algumas regiões de onde haviam retirado bandeiras nigerianas e expulsado representantes do Estado.



Segundo moradores locais, New Marte e Krenoa tinham sido alvos de ataques aéreos efetuados pelas forças de segurança nigerianas, no início da ofensiva, na semana passada.

Até o momento, a ofensiva deixou "algumas dezenas" de mortos entre os insurgentes e três vítimas entre os soldados, segundo o Exército. É difícil verificar essas informações com fontes independentes e medir o impacto do conflito na população civil, porque as linhas telefônicas estão cortadas nos estados de Yobe e Borno.

As forças de ordem nigerianas têm sido acusadas com frequência de violações dos direitos humanos durante a repressão à insurreição islamita.

Segundo a ONG Human Rights Watch, os ataques do Boko Haram e a repressão aos insurgentes islamitas por parte das forças de segurança deixaram 3.600 mortos desde 2009.

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