Os moradores de Oklahoma City e mesmo as equipes de socorro pareciam ainda incrédulos, ontem, diante da devastação provocada por um gigantesco e violento tornado que varreu na véspera os subúrbios, especialmente a cidade de Moore. As imagens mostravam um cenário de guerra, com casas e edifícios despedaçados, alguns virados de cabeça para baixo, e pilhas de carros amontoados pelas ruas, como num imenso ferro-velho. Em meio aos esforços para localizar desaparecidos, resgatar possíveis sobreviventes dos escombros e alojar os desabrigados, a notícia alentadora foi a revisão do número inicial de mortos, de 91 para 24. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decretou estado de desastre na área, para liberar o acesso a recursos federais, e disse aos atingidos que ;o país continuará ao seu lado;.
O tornado, um dos mais podersos a passar pela região, alcançou a gradação mais alta na escala de medição do serviço meteorológico americano (Noaa, na sigla em inglês): EF5. Em seu trajeto, ele chegou a registrar a ventos de até 340 km/h. O resultado foi uma vasta destruição, que, além das perdas humanas, custará pelo menos US$ 3 bilhões, como estimou o comissário de seguros de Oklahoma, John Doak, falando para a agência Reuters. Os feridos somavam 237 e pelo menos 101 pessoas foram resgatadas ao longo do dia, nas ruas desfiguradas e cobertas por destroços.
Segundo o Itamaraty, não havia nenhuma informação sobre brasileiros feridos no desastre. A comunidade na região é estimada entre 200 e 400 pessoas. A paulista Patrícia Paes, que ajuda a fazer uma ponte entre esse grupo e o Consulado do Brasil em Houston, no vizinho Texas, contou ao Correio que conversou ou recebeu notícias de boa parte dos brasileiros. Ao que tudo indicava, todos estavam bem. Em Brasília, o governo divulgou nota na qual expressa ;grande pesar pelas mortes e perdas materiais;.