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Aliança do Pacífico defende livre comércio para atacar desigualdade social

A Aliança do Pacífico é um mecanismo de integração criado formalmente em 2012 para propiciar o livre fluxo de bens, investimentos e pessoas entre seus sócios e para a busca conjunta de mercados, especialmente na região Ásia-Pacífico

Agência France-Presse
postado em 23/05/2013 19:34
Colômbia - Os presidentes do México, Chile, Peru e Colômbia defenderam o livre comércio como instrumento para gerar desenvolvimento econômico sustentável e combater a pobreza e a desigualdade de seus países, no começo da VII cúpula da Aliança do Pacífico nesta quinta-feira (23/5) em, Cali, na Colômbia.

O presidente colombiano Juan Manuel Santos, que recebeu a presidência pro tempore do grupo, destacou que nenhum dos ideais que os definem - defesa da democracia e do livre comércio - "têm valor se não forem traduzidos em bem-estar, geração de emprego e prosperidade para nossos povos". O presidente peruano, Ollanta Humala, afirmou que "o grande objetivo da América Latina é acabar com a lacuna da desigualdade. A Aliança do Pacífico tem que ser uma oportunidade, sobretudo, em um momento de crise econômica planetária".

Com essa mesma tônica, o presidente mexicano Enrique Peña Nieto pediu o reconhecimento das "defasagens e desafios importantes", destacando que a pobreza e a desigualdade podem ser combatidas "com desenvolvimento econômico sustentável".

A Aliança do Pacífico é um mecanismo de integração criado formalmente em 2012 para propiciar o livre fluxo de bens, investimentos e pessoas entre seus sócios e para a busca conjunta de mercados, especialmente na região Ásia-Pacífico.

Os quatro países, que têm as economias mais abertas da América Latina e representam 50% do comércio regional, já contam com acordos de livre comércio entre eles e começaram a flexibilizar os requisitos de vistos e a compartilhar representações diplomáticas e comerciais fora da região.



A redução das tarifas entre os quatro países alcança 90% das trocas e nesta cúpula esperam chegar a acordos para acabar com as barreiras aos 10% restante, sobretudo, de produtos agrícolas, em um período inferior a sete anos.

Nesta cúpula, deve ser anunciada também a adesão da Costa Rica, que tem até agora status de país observador. Nesse aspecto, o presidente chileno Sebastián Piñera, que até agora teve a presidência temporária do grupo, destacou que a Aliança do Pacífico "nasceu com os braços abertos". "Esperamos que outros países possam se unir" sob os princípios de defesa da democracia e do livre comércio, disse.

Na cerimônia inaugural também estavam presentes os presidentes da Costa Rica, Laura Chinchilla, e da Guatemala, Otto Pérez, o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, e o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, assim como delegações do Japão, Austrália e Nova Zelândia.

Em paralelo à cúpula, também foi realizado, nesta quinta-feira, em Cali, o primeiro encontro empresarial da Aliança do Pacífico, do qual participam mais de 400 empresas de 15 países, segundo a agência colombiana de promoção de exportações, Proexport. As empresas que participam desse encontro representam principalmente os setores de petróleo e gás, as comunicações, o cimento, o transporte aéreo, e os alimentos.

Chile, México, Peru e Colômbia têm juntos um mercado de 210 milhões de habitantes, com um crescimento econômico médio de 5% em 2012, acima da média regional.

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