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Na Etiópia, Dilma defende padrão Sul-Sul de cooperação com a África

Criada em maio de 1963, a União Africana assumiu a função de buscar soluções internas para conflitos entre os países membros do bloco

postado em 24/05/2013 18:23
Dilma Rousseff durante encontro com o Primeiro-Ministro da Republica da Etiopia, Hailemariam Desalegn. Após encontro com o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn, a presidenta Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (24/5) que o Brasil tem interesse em ampliar para além das relações comerciais a cooperação com o Continente Africano. Dilma está em Adis Abeba, capital etíope, para participar das comemorações dos 50 anos da União Africana.

Dilma chegou à Etiópia por volta das 9h30 (15h30 no horário local) e, em seguida, fechou quatro acordos com o país nas áreas de desenvolvimento agrícola, transferência de renda, serviços aéreos, educação, ciência e tecnologia.

;O Brasil quer, não só estabelecer relações comerciais, investir aqui, vender para o país, mas também uma cooperação no padrão Sul-Sul. O que é o padrão Sul-Sul de cooperação? É uma cooperação que não seja opressiva, que seja baseada em vantagens mútuas e valores compartilhados;, disse a presidenta, em rápida entrevista na entrada do hotel em que está hospedada.



Segundo Dilma, é ;uma deferência; o fato de o Brasil ser convidado de honra do Jubileu de Ouro da União Africana, que reúne 54 países. Amanhã (25), durante a cerimônia de comemoração do jubileu, Dilma deverá discursar representando a América Latina.

;Eu acho uma deferência o Brasil ter sido convidado para falar em nome da nossa região neste Jubileu de Ouro. Acho que [isso] reflete o fato e o reconhecimento da importância que o Brasil atribui à África. Eu estive, há pouco, com o primeiro-ministro Hailemariam Desalegn, e isso fica claro também nas relações bilaterais entre o Brasil e a Etiópia;, disse ela.

Criada em maio de 1963, a União Africana assumiu a função de buscar soluções internas para conflitos entre os países membros do bloco, bem como de incentivar o processo de democratização e fortalecimento institucional da região. O intercâmbio comercial entre Brasil e África cresceu cinco vezes nos últimos dez anos, evoluindo de US$ 5 bilhões, em 2002, para US$ 26,5 bilhões, em 2012.

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