Agência France-Presse
postado em 24/05/2013 19:04
LIMA - Dezenas de empresas brasileiras encerraram nesta sexta-feira (24/5) uma rodada de negociações para aumentar as trocas comerciais com o Peru, um vizinho com o qual o Brasil quer reforçar sua aliança estratégica, disseram diplomatas brasileiros em Lima.
A Rodada de Negócios Brasil-Peru busca potencializar as trocas comerciais entre ambos os países, abrir aos empresários brasileiros um mercado peruano que oferece vantagens como uma plataforma para chegar a Ásia e aos Estados Unidos, mas também fortalecer as exportações peruanas ao gigante sul-americano.
A missão empresarial, organizada pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior brasileiro e a Agência de Promoção de Exportações (Apex-Brasil), buscou realizar acordos de associação entre empresas de ambos os países.
"As empresas brasileiras levam em conta a força do mercado peruano, mas também o acesso privilegiado a mercados de outros países" a partir do Peru, disse o embaixador brasileiro, Lazary Texeira.
"Temos uma aliança estratégica com a qual conseguimos avanços importantes, mas há muito mais a fazer", considerou.
O Brasil tem um TLC com o Peru que facilita as trocas comerciais. Muitas empresas brasileiras operam com filiais peruanas ou fazem acordos de associação para chegar deste país aos Estados Unidos, graças ao acordo de livre comércio entre Lima e Washington.
A produção e a fabricação no Peru também facilitam aos brasileiros a saída para a Ásia pelos portos do Pacífico peruano.
Este ano, o Brasil busca consolidar investimentos de 6 bilhões de dólares no Peru, especialmente nos setores de energia e construção, disse Texeira durante a reunião.
"Há um grande interesse do empresariado brasileiro no Peru, mas, para sustentar a relação comercial no longo prazo, necessitamos um maior equilíbrio entre ambos os países, por isso também buscamos que os empresários peruanos invistam e vendam mais no Brasil", acrescentou.
A diversidade do mercado brasileiro oferece uma grande oportunidade para empresas peruanas de todos os setores, considerou o representante brasileiro em Lima e informou que se espera que as exportações do Peru ao Brasil aumentem de 850 milhões a 1 bilhão de dólares este ano.
"Com o Peru, os planos são a curto e longo prazo. Estamos tomando medidas para aumentar o comércio e fixando estratégias para o futuro", disse à AFP um representante da missão diplomática brasileira em Lima, que pediu anonimato.
Ele mencionou que os dois países estudam como avançar na construção de uma ferrovia que una os portos do Brasil com portos do sul do Peru através da Amazônia e da serra de Cuzco.
[SAIBAMAIS] "É um projeto com complexidades. Necessariamente tem que passar pela Amazônia onde há questões ambientais e terras indígenas e depois há as dificuldades da zona montanhosa em Cuzco onde são necessários túneis".
"Há trechos ferroviários que existem e outros que precisam ser construídos. Levará anos, mas, enquanto isso, o Brasil precisa continuar sua expansão para o oeste", disse.
"A rota Transoceânica abriu caminho, ainda é necessário melhorar muito a operação fronteiriça. Estamos conversando para ter uma alfândega única, que facilite os trâmites", detalhou.
O Peru desenvolve um programa (Consolida Brasil) com o qual busca promover exportações e facilitar as exportações compartilhadas e o transporte de mercadorias por essa via.
A balança comercial entre Brasil e Peru cresceu nos últimos seis anos acima de 8% em média, de 2,3 bilhões a 3,7 bilhões de dólares anuais, segundo a Apex.
As exportações brasileiras ao mercado peruano subiram em 2012 a 2,4 bilhões de dólares, enquanto as do Peru ao Brasil chegaram a 1,3 bilhão.
Participaram da reunião empresarial importantes empresas brasileiras dos setores de maquinaria e equipamentos, habitação e construção, veículos e peças, aparelhos eletrônicos, metalurgia, alimentos e um grande número de empresas de design.
A Rodada de Negócios Brasil-Peru busca potencializar as trocas comerciais entre ambos os países, abrir aos empresários brasileiros um mercado peruano que oferece vantagens como uma plataforma para chegar a Ásia e aos Estados Unidos, mas também fortalecer as exportações peruanas ao gigante sul-americano.
A missão empresarial, organizada pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior brasileiro e a Agência de Promoção de Exportações (Apex-Brasil), buscou realizar acordos de associação entre empresas de ambos os países.
"As empresas brasileiras levam em conta a força do mercado peruano, mas também o acesso privilegiado a mercados de outros países" a partir do Peru, disse o embaixador brasileiro, Lazary Texeira.
"Temos uma aliança estratégica com a qual conseguimos avanços importantes, mas há muito mais a fazer", considerou.
O Brasil tem um TLC com o Peru que facilita as trocas comerciais. Muitas empresas brasileiras operam com filiais peruanas ou fazem acordos de associação para chegar deste país aos Estados Unidos, graças ao acordo de livre comércio entre Lima e Washington.
A produção e a fabricação no Peru também facilitam aos brasileiros a saída para a Ásia pelos portos do Pacífico peruano.
Este ano, o Brasil busca consolidar investimentos de 6 bilhões de dólares no Peru, especialmente nos setores de energia e construção, disse Texeira durante a reunião.
"Há um grande interesse do empresariado brasileiro no Peru, mas, para sustentar a relação comercial no longo prazo, necessitamos um maior equilíbrio entre ambos os países, por isso também buscamos que os empresários peruanos invistam e vendam mais no Brasil", acrescentou.
A diversidade do mercado brasileiro oferece uma grande oportunidade para empresas peruanas de todos os setores, considerou o representante brasileiro em Lima e informou que se espera que as exportações do Peru ao Brasil aumentem de 850 milhões a 1 bilhão de dólares este ano.
"Com o Peru, os planos são a curto e longo prazo. Estamos tomando medidas para aumentar o comércio e fixando estratégias para o futuro", disse à AFP um representante da missão diplomática brasileira em Lima, que pediu anonimato.
Ele mencionou que os dois países estudam como avançar na construção de uma ferrovia que una os portos do Brasil com portos do sul do Peru através da Amazônia e da serra de Cuzco.
[SAIBAMAIS] "É um projeto com complexidades. Necessariamente tem que passar pela Amazônia onde há questões ambientais e terras indígenas e depois há as dificuldades da zona montanhosa em Cuzco onde são necessários túneis".
"Há trechos ferroviários que existem e outros que precisam ser construídos. Levará anos, mas, enquanto isso, o Brasil precisa continuar sua expansão para o oeste", disse.
"A rota Transoceânica abriu caminho, ainda é necessário melhorar muito a operação fronteiriça. Estamos conversando para ter uma alfândega única, que facilite os trâmites", detalhou.
O Peru desenvolve um programa (Consolida Brasil) com o qual busca promover exportações e facilitar as exportações compartilhadas e o transporte de mercadorias por essa via.
A balança comercial entre Brasil e Peru cresceu nos últimos seis anos acima de 8% em média, de 2,3 bilhões a 3,7 bilhões de dólares anuais, segundo a Apex.
As exportações brasileiras ao mercado peruano subiram em 2012 a 2,4 bilhões de dólares, enquanto as do Peru ao Brasil chegaram a 1,3 bilhão.
Participaram da reunião empresarial importantes empresas brasileiras dos setores de maquinaria e equipamentos, habitação e construção, veículos e peças, aparelhos eletrônicos, metalurgia, alimentos e um grande número de empresas de design.