Agência France-Presse
postado em 25/05/2013 10:55
Síria - Os combates prosseguem neste sábado na cidade estratégica de Quosseir, alvo de uma ofensiva do exército apoiado pelo Hezbollah libanês, enquanto em Istambul, a oposição exige garantias para eventuais negociações com o regime de Bashar al-Assad.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), "os combates e bombardeios registrados neste sábado nas principais ruas de Qousseir são os mais intensos desde o início da ofensiva" das tropas leais a Assad. "Quseir e as regiões rebeldes ao norte da cidade, como Hamidiye, o antigo aeroporto militar de Dabaa e Aarjun, sofreram intensos bombardeios realizados por forças do regime, que usam mísseis terra-terra", explicou, ao indicar que ao menos cinco rebeldes e dois civis foram mortos neste sábado na cidade.
Segundo uma fonte militar síria, o exército conseguiu penetrar no aeroporto de Dabaa, uma posição-chave na linha de defesa dos rebeldes. "O exército sírio conseguiu infiltrar-se no interior do aeroporto de Dabaa pelo noroeste, os combates prosseguem", indicou a fonte.
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De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), "os combates e bombardeios registrados neste sábado nas principais ruas de Qousseir são os mais intensos desde o início da ofensiva" das tropas leais a Assad. "Quseir e as regiões rebeldes ao norte da cidade, como Hamidiye, o antigo aeroporto militar de Dabaa e Aarjun, sofreram intensos bombardeios realizados por forças do regime, que usam mísseis terra-terra", explicou, ao indicar que ao menos cinco rebeldes e dois civis foram mortos neste sábado na cidade.
Segundo uma fonte militar síria, o exército conseguiu penetrar no aeroporto de Dabaa, uma posição-chave na linha de defesa dos rebeldes. "O exército sírio conseguiu infiltrar-se no interior do aeroporto de Dabaa pelo noroeste, os combates prosseguem", indicou a fonte.
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De acordo com militantes, foram as forças especiais do regime apoiadas pelo Hezbollah que realizaram esta ofensiva.
Segundo o diretor do OSDH, Abdel Rahmane, o recrudescimento dos combates se explica pelo desejo do Hezbollah marcar pontos antes do discurso de seu líder, Hassan Nasrallah, por ocasião do 13; aniversário da retirada do exército israelense do sul do Líbano.
Para Ghassan al-Azzi, professor de ciência política na Universidade do Líbano, "os iranianos pediram ao Hezbollah que lutasse nesta guerra que deve definir o futuro da aliança entre o Irã e a Síria e, talvez, o de toda a região".
O controle da cidade de Qousseir é fundamental para os rebeldes, pois esta cidade de 25.000 habitantes está localizada no principal ponto de passagem dos combatentes e armas vindos do Líbano. A cidade também é estratégica para o regime, por estar situada entre Damasco e o litoral, sua retaguarda. Três aliados da oposição, os Estados Unidos, a Turquia e o Qatar, pediram a realização na próxima semana de uma reunião no Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre "os recentes massacres em Qousseir".
Além disso, os Estados Unidos expressaram preocupação na sexta-feira com a possibilidade do Líbano ser envolvido no conflito sírio, após a onda de violência entre partidários e opositores do regime sírio em Trípoli (norte do Líbano).
Os combates entre partidários e opositores do regime de Assad deixaram pelo menos 28 mortos em seis dias.
"Gesto de bondade"
No plano diplomático, a Rússia concordou em participar da conferência de paz, Genebra 2, proposta por Moscou e Washington, mas a oposição síria reunida em Istambul tem se mostrado cética.
A Coalizão de Oposição síria exigiu na sexta-feira em Istambul "gestos de bondade" do regime de Bashar al-Assad. "Nós queremos ter a certeza de que quando entrarmos em negociação, o derramamento de sangue acabará na Síria", declarou o porta-voz da Coalizão, Khaled Saleh. A oposição síria exige que qualquer solução política envolva a saída do presidente Assad e membros de seu regime envolvidos na repressão.
Durante uma recente entrevista à imprensa argentina, Assad garantiu que não renunciará antes das eleições presidenciais de 2014.
No entanto, o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan, declarou na fronteira com a Síria, que "o dia da libertação" neste país está próximo, acrescentando: "as forças da oposição vão derrubar o ditador" Assad.