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Bolívia eleva para US$ 56 milhões os recursos da luta antidrogas

A Bolívia conta com 27.200 hectares cultivados de coca, segundo a ONU, e é o terceiro produtor mundial da folha e também de cocaína, depois de Peru e Colômbia

Agência France-Presse
postado em 25/05/2013 20:19
La Paz - O governo da Bolívia anunciou neste sábado (25/5) que elevará de 36 milhões para 56 milhões de dólares o orçamento anual da luta contra o narcotráfico para minimizar o impacto do fechamento da Narcotics Affairs Section (NAS), um escritório americano de ajuda antidrogas.

"Em média, a Seção americana de Ajuda Antinarcóticos (NAS) investiu 35 milhões de dólares por ano na luta antidrogas", mas desde 2009 (ano em que a Bolívia expulsou a DEA) o governo boliviano "investe (..) uma média de 36 milhões", de acordo com relatório oficial.


Com a saída dos EUA da luta antidrogas, "esse montante será aumentado para até 56 milhões de dólares para conseguir uma cobertura mais ampla das tarefas antinarcóticos em nível nacional", informou o Ministério de Governo (Interior) em uma nota.

A Bolívia está envolvida na "nacionalização" da luta antidrogas, acrescentou o governo.

"A nacionalização da luta contra as drogas (..) supõe que a direção e a execução das tarefas da luta contra o narcotráfico sejam assumidas soberanamente pelo Estado boliviano", afirmou o ministro de Governo, Carlos Romero, segundo nota de seu gabinete.

"Ao retirar o NAS e diminuir drasticamente" o montante de sua ajuda para a luta contra o narcotráfico, "os EUA descumprem convênios e declarações internacionais que determinam o compromisso de encarar o problema mundial das drogas como ;uma responsabilidade comum e compartilhada;", completou o comunicado.

O governo boliviano afirma, porém, que, sem a DEA, os resultados do combate às drogas melhoraram.

"Desde o início do ano, de 1; de janeiro até 22 de maio, a Bolívia apreendeu 8,27 toneladas métricas de cocaína, por meio de 5.446 operações", detalhou a nota oficial.

A Bolívia conta com 27.200 hectares cultivados de coca, segundo a ONU, e é o terceiro produtor mundial da folha e também de cocaína, depois de Peru e Colômbia.

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