"Para o Níger, em particular, a principal ameaça mudou da fronteira com o Mali para a fronteira com a Líbia. Na verdade, posso confirmar que o inimigo que nos atacou em Agadez e Arlit veio do sul (da Líbia), onde planejava outro ataque contra o Chade", declarou durante uma cerimônia em homenagem às vítimas do ataque de Agadez realizado em 23 de maio por grupos jihadistas.
O chefe de Estado, que falava a uma delegação do Chade, país envolvido assim como o Níger nas ações no Mali contra jihadistas, não informou se este projeto de "ataque" foi frustrado.
"A situação no Mali, que é uma consequência da crise na Líbia, não deve desviar o dever da comunidade internacional de estabilizar a situação na Líbia, (que) é agora o principal foco de desestabilização no Sahel", considerou.
Issoufou havia afirmado no sábado que os autores dos dois atentados suicidas vieram do sul da Líbia.
O ataque em Agadez, a maior cidade da região desértica do norte, e o tiroteio que se seguiu, deixaram em 23 de maio mais de 20 mortos, em sua maioria militares, de acordo com as autoridades, que também anunciaram que oito agressores morreram.
Quase simultaneamente, em Arlit (200 km ao norte), um outro ataque com carro-bomba em uma central nuclear da companhia francesa Areva causou uma morte e 14 feridos entre os funcionários nigerinos. Dois homens-bomba morreram, de acordo com Niamey.