Agência France-Presse
postado em 27/05/2013 14:41
Bagdá - Atentados em Bagdá e no norte do Iraque deixaram pelo menos 58 mortos nesta segunda-feira, em um contexto de escalada da violência que aumenta os temores de um ressurgimento do conflito entre sunitas e xiitas.
Em dois meses, os ataques já deixaram mais de mil mortos, de acordo com balanço da AFP baseado nas informações das fontes médicas e de segurança.
Nesta segunda, o país foi abalado por 19 ataques, sendo pelo menos dez deles a bomba. Os principais alvos foram bairros xiitas em Bagdá e nos arredores da capital, com cerca de 55 mortos e 187 feridos, conforme representantes dos serviços médicos e policiais.
Dois dos atentados, cometidos com carros-bomba, foram em Habibiyah, não muito distante de um estádio onde a seleção iraquiana de futebol disputava um amistoso contra a equipe da Libéria.
Até o momento, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques, mas militantes sunitas ligados à rede Al-Qaeda detonam com frequência explosivos contra alvos xiitas, buscando aumentar ainda mais as tensões e minar a confiança nas forças de segurança.
Quase simultaneamente, foram registradas intensas trocas de tiros, mais ao norte, na disputada província de Kirkuk. Um miliciano anti-Al-Qaeda e um operador privado de energia elétrica morreram. Uma bomba colocada em uma estrada de Mossul, ao norte, matou um coronel da polícia.
A região autônoma iraquiana do Curdistão deseja incorporar ao seu território a zona de Kirkuk (rica em petróleo), o que tem provocado fortes objeções do governo central. Diplomatas e analistas apontam essa disputa como uma das maiores ameaças, hoje, à estabilidade do país.
As áreas no norte do Iraque, onde esses ataques aconteceram, são a base de uma substancial população sunita. Há meses, essa comunidade tem feito manifestações contra o governo, acusando-o de perseguição e discriminação.
Embora o governo tenha feito algumas concessões para reduzir os protestos, como a libertação de prisioneiros, ou o aumento de salários para sunitas que combaterem a Al-Qaeda, problemas centrais ainda precisam ser resolvidos.
Um ataque cometido pelas forças de segurança contra manifestantes em 23 de abril passado, por exemplo, que deixou dezenas de mortos, aumentou as tensões.
Essa instabilidade, marcada pela escalada de violência, aumenta os temores de que a guerra civil na vizinha Síria possa se transferir para o Iraque, mergulhando o país em uma nova e prolongada crise.
Na semana passada, o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki, ordenou "mudanças" em sua estratégia de segurança para responder à onda de violência.
Em dois meses, os ataques já deixaram mais de mil mortos, de acordo com balanço da AFP baseado nas informações das fontes médicas e de segurança.
Nesta segunda, o país foi abalado por 19 ataques, sendo pelo menos dez deles a bomba. Os principais alvos foram bairros xiitas em Bagdá e nos arredores da capital, com cerca de 55 mortos e 187 feridos, conforme representantes dos serviços médicos e policiais.
Dois dos atentados, cometidos com carros-bomba, foram em Habibiyah, não muito distante de um estádio onde a seleção iraquiana de futebol disputava um amistoso contra a equipe da Libéria.
Até o momento, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques, mas militantes sunitas ligados à rede Al-Qaeda detonam com frequência explosivos contra alvos xiitas, buscando aumentar ainda mais as tensões e minar a confiança nas forças de segurança.
Quase simultaneamente, foram registradas intensas trocas de tiros, mais ao norte, na disputada província de Kirkuk. Um miliciano anti-Al-Qaeda e um operador privado de energia elétrica morreram. Uma bomba colocada em uma estrada de Mossul, ao norte, matou um coronel da polícia.
A região autônoma iraquiana do Curdistão deseja incorporar ao seu território a zona de Kirkuk (rica em petróleo), o que tem provocado fortes objeções do governo central. Diplomatas e analistas apontam essa disputa como uma das maiores ameaças, hoje, à estabilidade do país.
As áreas no norte do Iraque, onde esses ataques aconteceram, são a base de uma substancial população sunita. Há meses, essa comunidade tem feito manifestações contra o governo, acusando-o de perseguição e discriminação.
Embora o governo tenha feito algumas concessões para reduzir os protestos, como a libertação de prisioneiros, ou o aumento de salários para sunitas que combaterem a Al-Qaeda, problemas centrais ainda precisam ser resolvidos.
Um ataque cometido pelas forças de segurança contra manifestantes em 23 de abril passado, por exemplo, que deixou dezenas de mortos, aumentou as tensões.
Essa instabilidade, marcada pela escalada de violência, aumenta os temores de que a guerra civil na vizinha Síria possa se transferir para o Iraque, mergulhando o país em uma nova e prolongada crise.
Na semana passada, o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki, ordenou "mudanças" em sua estratégia de segurança para responder à onda de violência.