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Vítimas pedem renúncia de cardeal australiano por casos de pedofilia

O prelado explicou que nunca ocultou nenhuma acusação e que se encarregou de que colocassem em andamento os procedimentos para enfrentar os casos de abusos sexuais



Pell havia afirmado na segunda-feira (27) que o medo do escândalo levou a Igreja católica da Austrália a encobrir as acusações de pedofilia desde os anos 1930. "A primeira motivação foi proteger a reputação da Igreja", declarou Pell.

O governo do Estado de Victoria (sul) lançou uma investigação sobre os abusos sexuais cometidos em instituições religiosas ou privadas contra crianças. A Igreja reconheceu em 2012 que ao menos 620 crianças foram vítimas, apenas neste Estado, de abusos por parte de sacerdotes desde 1930.

Na semana passada, o arcebispo de Melbourne, Denis Hart, admitiu que a Igreja havia demorado muito para reagir às acusações de abusos sexuais. O estado de Nova Gales do Sul (sul), cuja hierarquia católica também é acusada de acobertar esses crimes, lançou sua própria investigação.

Em nível nacional, uma investigação teve início em abril com os testemunhos de 5.000 supostas vítimas de agressões em hospícios, escolas, igrejas, associações esportivas ou centros de detenção para menores.