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Suspeito de matar soldado britânico, Michael Adebowale, deixa hospital

Adebowale estava internado desde que foi ferido por agentes das forças de ordem no local do assassinato na última quarta-feira (22/5), assim como seu cúmplice Michael Adebolajo, de 28, que ainda está internado

Agência France-Presse
postado em 28/05/2013 14:39
Michael Adebowale, extremista islâmico britânico de origem nigeriana de 22 anos
Londres - Um dos dois supostos autores materiais do assassinato de um soldado no bairro londrino de Woolwich, Michael Adebowale, recebeu alta nesta terça-feira (28/5) do hospital e foi transferido para uma delegacia da capital para ser interrogado, anunciou a polícia.

Adebowale, um britânico de origem nigeriana de 22 anos convertido ao Islã radical, estava internado desde que foi ferido por agentes das forças de ordem no local do assassinato, na última quarta-feira, assim como seu cúmplice Michael Adebolajo, de 28. Adebolajo continua internado, e sua condição é "estável".

"Está detido em uma delegacia do sul de Londres", onde "será interrogado por agentes do setor antiterrorista", indicou a Scotland Yard em um comunicado. Além de suspeito de assassinato, Adebowale também é suspeito de "tentativa de assassinato de um policial", no momento em que era detido.

[SAIBAMAIS] Adebowale e Adebolajo mataram o soldado Lee Rigby, de 25 anos, na última quarta-feira, em plena luz do dia em uma rua próxima a um quartel do bairro de Woolwich (sudeste), antes de justificar seus atos diante das testemunhas com slogans jihadistas.

Várias testemunhas citadas pela imprensa local disseram que os agressores primeiro atropelaram o soldado, que estava à paisana, e depois o esfaquearam com violência aos gritos de "Allahu Akbar" (Deus é grande).



Nesta terça (28/5), a família de Adebolajo manifestou sua "profunda vergonha e tristeza" pela morte de Rigby e, em uma nota, enviou seus "mais sentidos pêsames" aos parentes da vítima. "Desejamos manifestar publicamente que acreditamos que não há espaço para a violência em nome da religião e da política", acrescentaram os familiares do jovem.

Nas imagens filmadas por testemunhas pouco antes do ataque, Adebolajo, que segurava um cutelo em uma mão e uma faca na outra, ensanguentada, diz: "Juramos por Alá, todo-poderoso, que nunca deixaremos de combatê-los, a menos que nos deixem em paz".

"Agimos assim pela única razão de que há muçulmanos que morrem diariamente nas mãos de soldados britânicos", acrescentou em outro momento, repetindo o recorrente discurso islamita contra a intervenção das forças ocidentais em países muçulmanos, como no Afeganistão.

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