Agência France-Presse
postado em 28/05/2013 18:06
Nova York - O ex-presidente guatemalteco Alfonso Portillo (2000-2004) se declarou nesta terça-feira (28/5) "não culpado" a um juiz federal americano das acusações por lavagem de dinheiro, durante uma audiência realizada em Nova York quatro dias depois de sua extradição.
"Sim", disse Portillo com uma voz quase inaudível quando o juiz Robert Patterson preguntou-lhe se se declarava não culpado do crime de conspiração para lavar "dezenas de milhões de dólares" em bancos americanos durante seu governo, constatou a AFP.
Um de seus advogados, David Rosenfield, anunciou ao juiz que sua equipe apresentará em dez dias ou em duas semanas uma proposta de fiança para tentar de obter a libertação de seu cliente durante o julgamento.
Extraditado na sexta-feira da Cidade da Guatemala, o ex-presidente guatemalteco, de 61 anos, está no Centro Correcional Metropolitano de Nova York.
Portillo é o primeiro ex-governante latino-americano a ser entregue à justiça dos Estados Unidos. O crime do qual é acusado pode lhe valer uma pena máxima de 20 anos de prisão, segundo a legislação americana.
A data do início do julgamento ainda não foi estabelecida. Segundo os advogados de Portillo, será daqui a "pelo menos um ano".