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Pelo menos 27 pessoas morreram em atos de violência no Iraque

Além das mortes, pelo menos 50 pessoas ficaram feridas nesta terça (28/5) em episódios de violência religiosa que suscitam temores de uma retomada do conflito confessional entre sunitas e xiitas

Agência France-Presse
postado em 28/05/2013 18:38
Bagdá - Pelo menos 27 pessoas morreram nesta terça-feira (28/5) no Iraque, de acordo com fontes médicas e dos serviços de segurança, enquanto o governo discute meios para conter a violência que deixou 530 mortos em maio.

Além das mortes, pelo menos 50 pessoas ficaram feridas nesta terça (28/5) em episódios de violência religiosa que suscitam temores de uma retomada do conflito confessional entre sunitas e xiitas, que causou um banho de sangue no país nos anos 2006 e 2007.

[SAIBAMAIS] O ataque mais violento desta terça foi praticado no bairro xiita de Sadr City, no norte de Bagdá, onde uma bomba explodiu em um ônibus, matando pelo menos seis pessoas e ferindo outras 30, indicaram fontes médicas e de segurança. Também foram registrados atos de violência em importantes regiões ao norte da capital, como Tikrit e Mossul.

Entre 1; e 28 de maio, 530 pessoas morreram e 1.287 ficaram feridas em ataques, fazendo deste o mês mais mortal em pelo menos um ano, segundo dados registrados pela AFP a partir de informações fornecidas por fontes de segurança e médicas.



Após um conselho de ministros, o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, declarou que os "autores dos atentados e os grupos terroristas extremistas querem causar uma guerra confessional".

Em um comunicado, o conselho de ministros decidiu "agir contra todas as milícias que cometem atos fora da lei" e pediu que "as forças políticas assumam sua responsabilidade frente à retomada da violência e realizem uma reunião a respeito desse tema". O comunicado renova também as advertências do governo às redes de televisão que "estimulam" o ódio religioso.

Em abril, as autoridades de Bagdá tinham decidido suspender as concessões de dez canais de televisão por "incitação à violência religiosa", incluindo a da influente Al-Jazeera do Catar, em uma decisão criticada pela ONU e por ONGs dos direitos humanos.

A onda de violência que assola o país desde o início do ano ocorre em meio a tensões confessionais, com a minoria sunita se mobilizando há meses para denunciar sua marginalização por parte do governo liderado pelos xiitas.

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