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EUA mantêm Cuba entre países que apoiam terrorismo; cubanos reagem

"Mas não há evidências" de que o governo cubano tenha fornecido armas ou treinamento paramilitar a grupos terroristas, reconhece o texto

Agência France-Presse
postado em 30/05/2013 17:27
Washington - Os Estados Unidos vão manter Cuba na lista de países acusados de apoiar o terrorismo, que inclui ainda Síria, Irã e Sudão, anunciou o Departamento de Estado nesta quinta-feira.

O governo da ilha, que faz parte da lista negra desde 1982, "continuou proporcionando abrigo seguro a aproximadamente duas dúzias de membros do (grupo armado separatista basco) ETA", justificou o Departamento de Estado em seu relatório anual sobre o terrorismo.

Havana também abrigou fugitivos solicitados pelas autoridades americanas, aos quais teria fornecido moradia, ajuda médica e alimentar, completou o relatório.

"Mas não há evidências" de que o governo cubano tenha fornecido armas ou treinamento paramilitar a grupos terroristas, reconhece o texto.

Ainda de acordo com o documento, Havana está tentando se distanciar dos membros do ETA que vivem na ilha, ao negar documentos de viagem a alguns deles, entre outras medidas.

O governo cubano reagiu ao relatório, afirmando que "nunca" abrigou "terroristas de nenhuma origem", e rejeitou que os EUA tenham mantido a ilha na lista.

"O território de Cuba nunca foi utilizado e nunca será usado para abrigar terroristas de nenhuma origem, nem para organizar, financiar, ou cometer atos de terrorismo contra nenhum país do mundo, incluindo os Estados Unidos", frisou a chancelaria cubana, nesta quinta-feira.

[SAIBAMAIS]

"O governo cubano rejeita e condena inequivocamente qualquer ato de terrorismo", manifestou o Ministério, acrescentando que "essa decisão vexatória foi tomada (por Washington) faltando de maneira deliberada com a verdade e ignorando o amplo consenso e a reivindicação explícita de vários setores da sociedade americana e da comunidade internacional para que se ponha fim a essa injustiça".

Ainda segundo a chancelaria, "o único propósito desse exercício desprestigiado contra Cuba é tentar justificar a manutenção do bloqueio, uma política fracassada que o mundo inteiro condena".

"Também pretende agradar a um grupo anticubano, cada vez menor, que se prende a uma política que já não se sustenta", insistiu a chancelaria.

Washington e Havana não mantêm relações diplomáticas, embora ambos os países contem com seus respectivos escritórios de representação, chamados de "Seção de Interesses", que funcionam como embaixadas.

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Desde 1962, os Estados Unidos impõem um embargo econômico a Cuba que proíbe, em geral, que cidadãos americanos viajem para a ilha e façam gastos ou investimentos sem autorização prévia.

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