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Nicolás Maduro denuncia plano da Colômbia de assassinar líder do Congresso

O plano, sobre o qual o presidente não deu detalhes, "busca o assassinato moral para depois buscar o assassinato físico" de Cabello, afirmou Maduro

Agência France-Presse
postado em 30/05/2013 19:05
A denúncia de Maduro foi feita após o encontro do líder da oposição, Henrique Capriles, com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos

Caracas - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, denunciou nesta quinta-feira uma "operação psicológica" por parte da Colômbia para dividir a revolução e para assassinar o presidente do Parlamento, Diosdado Cabello.

A denúncia de Maduro foi feita após o encontro do líder da oposição, Henrique Capriles, com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos.

"Uma operação psicológica está destinada, de Bogotá, a dividir as forças revolucionárias, a enfraquecer a democracia da Venezuela, dirigida por mentes perversas dedicadas à guerra suja, à guerra psicológica contra a pátria, e fizeram o companheiro Diosdado Cabello de alvo", afirmou Maduro.

O plano, sobre o qual o presidente não deu detalhes, "busca o assassinato moral para depois buscar o assassinato físico" de Cabello, continuou Maduro, durante evento com as forças militares em Aragua (norte).

[SAIBAMAIS]

Maduro pediu às Forças Armadas que se mantenham "em alerta". "Vamos sair na frente de qualquer campanha (...) inimiga, de destruição moral contra homens como Diosdado Cabello e contra o alto comando político e militar da revolução", insistiu, garantindo que "aquele que cometer o erro de tentar entregar sua pátria e mover forças inimigas da pátria no exterior terá de se entender com as leis venezuelanas".

As declarações de Maduro foram feitas um dia depois de Capriles ter se reunido com Santos e com congressistas colombianos, aos quais pediu apoio para a realização de uma auditoria eleitoral na Venezuela.

Desde quarta-feira, a reunião de Santos e Capriles tem gerado reações no país, por meio de entrevistas de Cabello e do chanceler Elías Jaua.

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O ministro das Relações Exteriores anunciou que pretende rever a participação do país nos diálogos de paz entre a Colômbia e a guerrilha das Farc sob mediação cubana. Já Cabello condenou a reunião, afirmando que se colocou "uma bomba nas boas relações (bilaterais)".

Alguns tons abaixo, a chanceler colombiana, María Ángela Holguín, disse que o presidente Santos tratará da reação de Jaua e Cabello "de maneira direta com o governo venezuelano".

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