Agência France-Presse
postado em 31/05/2013 11:26
Damasco - Os insurgentes entrincheirados na cidade estratégica síria de Qousseir receberam reforços para reagir ao ataque do Exército e do Hezbollah libanês, enquanto a ONU classificou nesta sexta-feira como grupo "terrorista" a Frente jihadista Al-Nusra, um importante elemento da rebelião no país em guerra.
Enquanto isso, a Rússia declarou ainda não ter entregue o sofisticado sistema de mísseis de defesa antiaérea terra-ar S-300 à Síria, ao contrário do que havia sugerido o presidente sírio. Mas a empresa aeronáutica MiG indicou que dez aviões de combate podem ser fornecidos a Damasco.
No terreno, o Exército do regime e o Hezbollah libanês pressionam os rebeldes em Qousseir (centro-oeste), que o regime tenta controlar totalmente para abrir uma passagem entre Damasco e o litoral.
As Nações Unidas decidiram organizar na quarta-feira uma reunião preparatória para a conferência de paz sobre a Síria, com os Estados Unidos e a Rússia, enquanto a oposição rejeita participar e Bashar al-Assad se diz confiante na vitória.
A televisão oficial síria indicou que o Exército cercava os "terroristas" por todos os lados, referindo-se aos rebeldes.
Mas, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), centenas de combatentes conseguiram entrar na cidade, abrindo uma brecha no noroeste.
No restante do país devastado por combates em várias frentes, mais de 30 prisioneiros morreram nos últimos dez dias em confrontos registrados entre rebeldes e soldados na prisão central de Aleppo (norte), onde são mantidos cerca de 4.000 presos.
[SAIBAMAIS]--- Encontro preparatório ---
Na tentativa de se precaver diante de um aumento do poder dos radicais islâmicos na Síria, o Conselho de Segurança da ONU anunciou nesta sexta a inclusão da Frente Al-Nusra em sua lista global de sanções por causa dos vínculos do grupo com a Al-Qaeda.
Além disso, as Nações Unidas anunciaram que representantes dos Estados Unidos, da Rússia e da ONU vão participar de uma reunião no dia 5 de junho em Genebra relacionada à preparação da Conferência Internacional de paz, que Moscou e Washington tentam realizar.
O regime sírio deu seu acordo de princípio para participar, mas a oposição, que exige a saída de Assad, indicou que não irá à reunião enquanto "as milícias do Irã e do Hezbollah invadirem a Síria".
Descartando qualquer saída do poder, Assad, que se disse "muito confiante" na vitória de suas tropas, e falou sobre a possibilidade de se candidatar à eleição presidencial de 2014.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou nesta sexta que o envio de mísseis antiaéreos russos à Síria não contribui para os esforços de paz no país.
--- Oposição ampliada ---
Em Istambul, a Coalizão opositora ampliou seu número de membros, mas adiou a eleição de um novo presidente para meados de junho.
As rivalidades que dividem a oposição foram criticadas por manifestantes contrários ao regime na Síria que, durante os protestos, exibiram uma faixa indicando que "a Coalizão opositora se tornou mais parte do problema do que parte da solução".
Washington e Londres confirmaram a morte na Síria de uma americana e de um britânico muçulmanos, após o anúncio feito pelo OSDH da morte de três ocidentais pelo Exército na quarta-feira enquanto ajudavam os rebeldes. O Canadá indicou que está investigando a possível morte de um cidadão do país.
Por fim, um grupo de médicos na Síria disse ter visto dezenas de pessoas sofrendo o que acreditaram ser ataques de armas químicas, e acusaram o regime de ser o responsável. Regime e rebelião trocam acusações sobre o uso dessas armas.
Enquanto isso, a Rússia declarou ainda não ter entregue o sofisticado sistema de mísseis de defesa antiaérea terra-ar S-300 à Síria, ao contrário do que havia sugerido o presidente sírio. Mas a empresa aeronáutica MiG indicou que dez aviões de combate podem ser fornecidos a Damasco.
No terreno, o Exército do regime e o Hezbollah libanês pressionam os rebeldes em Qousseir (centro-oeste), que o regime tenta controlar totalmente para abrir uma passagem entre Damasco e o litoral.
As Nações Unidas decidiram organizar na quarta-feira uma reunião preparatória para a conferência de paz sobre a Síria, com os Estados Unidos e a Rússia, enquanto a oposição rejeita participar e Bashar al-Assad se diz confiante na vitória.
A televisão oficial síria indicou que o Exército cercava os "terroristas" por todos os lados, referindo-se aos rebeldes.
Mas, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), centenas de combatentes conseguiram entrar na cidade, abrindo uma brecha no noroeste.
No restante do país devastado por combates em várias frentes, mais de 30 prisioneiros morreram nos últimos dez dias em confrontos registrados entre rebeldes e soldados na prisão central de Aleppo (norte), onde são mantidos cerca de 4.000 presos.
[SAIBAMAIS]--- Encontro preparatório ---
Na tentativa de se precaver diante de um aumento do poder dos radicais islâmicos na Síria, o Conselho de Segurança da ONU anunciou nesta sexta a inclusão da Frente Al-Nusra em sua lista global de sanções por causa dos vínculos do grupo com a Al-Qaeda.
Além disso, as Nações Unidas anunciaram que representantes dos Estados Unidos, da Rússia e da ONU vão participar de uma reunião no dia 5 de junho em Genebra relacionada à preparação da Conferência Internacional de paz, que Moscou e Washington tentam realizar.
O regime sírio deu seu acordo de princípio para participar, mas a oposição, que exige a saída de Assad, indicou que não irá à reunião enquanto "as milícias do Irã e do Hezbollah invadirem a Síria".
Descartando qualquer saída do poder, Assad, que se disse "muito confiante" na vitória de suas tropas, e falou sobre a possibilidade de se candidatar à eleição presidencial de 2014.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou nesta sexta que o envio de mísseis antiaéreos russos à Síria não contribui para os esforços de paz no país.
--- Oposição ampliada ---
Em Istambul, a Coalizão opositora ampliou seu número de membros, mas adiou a eleição de um novo presidente para meados de junho.
As rivalidades que dividem a oposição foram criticadas por manifestantes contrários ao regime na Síria que, durante os protestos, exibiram uma faixa indicando que "a Coalizão opositora se tornou mais parte do problema do que parte da solução".
Washington e Londres confirmaram a morte na Síria de uma americana e de um britânico muçulmanos, após o anúncio feito pelo OSDH da morte de três ocidentais pelo Exército na quarta-feira enquanto ajudavam os rebeldes. O Canadá indicou que está investigando a possível morte de um cidadão do país.
Por fim, um grupo de médicos na Síria disse ter visto dezenas de pessoas sofrendo o que acreditaram ser ataques de armas químicas, e acusaram o regime de ser o responsável. Regime e rebelião trocam acusações sobre o uso dessas armas.