Agência France-Presse
postado em 31/05/2013 12:57
PARIS - O suposto agressor de um militar francês, ferido no bairro de La Défense (periferia de Paris) no dia 25 de maio, foi indiciado nesta sexta-feira (31/5) por "tentativa de assassinato relacionado a um plano terrorista", no momento em que as autoridades manifestam sua preocupação com a possível existência de redes informais.
O perfil do suspeito levou o presidente François Hollande a pedir um reforço na vigilância e uma coordenação mais aperfeiçoada desses serviços.
"É falso dizer que foram atos isolados", ressaltou nesta sexta-feira o presidente francês, citando o exemplo do recente assassinato de um militar em Londres por dois islamitas. "Há necessariamente um ambiente, é este ambiente que precisamos conhecer", e que "não é forçosamente" gerado por uma organização terrorista do tipo Al-Qaeda.
O acusado, Alexandre Dhaussy, um francês de 22 anos que se converteu ao Islã, foi detido na quarta-feira (29/5) em uma região próxima a Paris.
A promotoria de Paris indicou na quarta-feira que Alexandre havia reconhecido a agressão, cometida, "sem dúvida, em nome de sua ideologia religiosa".
Apesar de ter afirmado que seu ato teve a mesma motivação do ataque a um militar em Londres, ele afirmou ter decidido e premeditado seu gesto antes do assassinato cometido na capital britânica.
Após dois dias de interrogatórios, ele compareceu nesta sexta-feira diante de dois juízes antiterroristas, que o indiciaram. Depois, foi colocado em detenção provisória.
Segundo a promotoria, o acusado tinha "vontade de matar", agiu com "determinação" e esfaqueou suas vítimas várias vezes.
A agressão ao militar francês, ferido na garganta, ocorreu três dias após o assassinato em Londres de um soldado britânico por dois islamitas radicais.
[SAIBAMAIS] Lembrança do caso Merah
O jovem era conhecido por pequenos delitos, e havia sido caracterizado por um serviço de inteligência em fevereiro como alguém que "se radicalizava", de acordo com uma fonte policial.
Mas perfis como o seu, "surgem 300 todos as sextas-feiras que rezam na rua Jean-Pierre Timbaud" em Paris, sede uma mesquita frequentada por muçulmanos fundamentalistas, indicou uma fonte ligada à investigação.
A agressão ao soldado francês lembra a ação do islamita radical Mohamed Merah, que matou três militares e quatro judeus, incluindo três crianças, no sudoeste da França em nome de uma jihad, antes de ser morto pela polícia.
A falta de coordenação no monitoramento de Merah, que havia passado algumas temporadas no exterior, incluindo no Afeganistão, possibilitou sua ação.
A detenção de Alexandre Dhaussy foi realizada graças à análise das câmeras de vigilância do bairro de La Défense e à descoberta de sua bolsa, deixada no local, na qual havia uma faca e uma garrafa de água.
O perfil do suspeito levou o presidente François Hollande a pedir um reforço na vigilância e uma coordenação mais aperfeiçoada desses serviços.
"É falso dizer que foram atos isolados", ressaltou nesta sexta-feira o presidente francês, citando o exemplo do recente assassinato de um militar em Londres por dois islamitas. "Há necessariamente um ambiente, é este ambiente que precisamos conhecer", e que "não é forçosamente" gerado por uma organização terrorista do tipo Al-Qaeda.
O acusado, Alexandre Dhaussy, um francês de 22 anos que se converteu ao Islã, foi detido na quarta-feira (29/5) em uma região próxima a Paris.
A promotoria de Paris indicou na quarta-feira que Alexandre havia reconhecido a agressão, cometida, "sem dúvida, em nome de sua ideologia religiosa".
Apesar de ter afirmado que seu ato teve a mesma motivação do ataque a um militar em Londres, ele afirmou ter decidido e premeditado seu gesto antes do assassinato cometido na capital britânica.
Após dois dias de interrogatórios, ele compareceu nesta sexta-feira diante de dois juízes antiterroristas, que o indiciaram. Depois, foi colocado em detenção provisória.
Segundo a promotoria, o acusado tinha "vontade de matar", agiu com "determinação" e esfaqueou suas vítimas várias vezes.
A agressão ao militar francês, ferido na garganta, ocorreu três dias após o assassinato em Londres de um soldado britânico por dois islamitas radicais.
[SAIBAMAIS] Lembrança do caso Merah
O jovem era conhecido por pequenos delitos, e havia sido caracterizado por um serviço de inteligência em fevereiro como alguém que "se radicalizava", de acordo com uma fonte policial.
Mas perfis como o seu, "surgem 300 todos as sextas-feiras que rezam na rua Jean-Pierre Timbaud" em Paris, sede uma mesquita frequentada por muçulmanos fundamentalistas, indicou uma fonte ligada à investigação.
A agressão ao soldado francês lembra a ação do islamita radical Mohamed Merah, que matou três militares e quatro judeus, incluindo três crianças, no sudoeste da França em nome de uma jihad, antes de ser morto pela polícia.
A falta de coordenação no monitoramento de Merah, que havia passado algumas temporadas no exterior, incluindo no Afeganistão, possibilitou sua ação.
A detenção de Alexandre Dhaussy foi realizada graças à análise das câmeras de vigilância do bairro de La Défense e à descoberta de sua bolsa, deixada no local, na qual havia uma faca e uma garrafa de água.