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Comissão das Nações Unidas constata uso de armas químicas na Síria

Os investigadores citam quatro casos nos quais teriam sido usados agentes químicos durante confrontos entre o Exército e os rebeldes

Agência France-Presse
postado em 04/06/2013 08:28
A comissão também destaca que os crimes de guerra e contra a humanidade se tornaram uma Genebra - A comissão de investigação da ONU sobre a Síria constatou o uso de agentes químicos em pelo menos quatro ocasiões no território sírio, afirma o relatório mais recente apresentado ao Conselho dos Direitos Humanos. A comissão considera que "há motivos razoáveis para pensar que foram usadas quantidades limitadas de produtos químicos".

Os investigadores citam quatro casos nos quais teriam sido usados agentes químicos: em 19 de março em Khan al-Assal, nas imediações de Aleppo, no mesmo dia em Uteibah, perto de Damasco, em 13 de abril no bairro de Sheikh Maqsud de Aleppo e em 29 de abril na cidade de Saraqeb. Até o momento as investigações não permitiram identificar o tipo de substância química nem os sistemas de armas usados ou quem utilizou os mesmos. "Temos entrevistas com vítimas, refugiados e equipes médicas", afirmou o presidente da comissão, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.



[SAIBAMAIS]A magistrada suíça Carla del Ponte, que integra a comissão, afirmou que "não se deve transformar estes episódios em uma história maior do que é", em comparação com o número global de vítimas do conflito. "Outros incidentes também são objetos de investigação", destaca o relatório, que inclui o período de 15 de janeiro a 15 de maio.

O documento pede ao governo sírio que autorize a entrada no país da comissão de investigação de armas químicas criada pelo secretário-geral da ONU. A comissão também destaca que os crimes de guerra e contra a humanidade se tornaram uma "realidade cotidiana" no território sírio. O relatório cita em particular a suspeita de uso de armas químicas, os massacres e o recurso da tortura.

Desde o início do mandato, em setembro de 2011, a comissão fez 1.630 entrevistas e investiga 30 acusações de massacres, das quais 17 teriam sido cometidos desde 15 de janeiro.

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